quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Açores.

Desde que me lembro que tenho noção de que os Açores são umas ilhas bonitas, mas só quando fui/vim viver para Lisboa é que fiquei com a noção do quão bonitas realmente são as ilhas açorianas.
São as paisagens espectaculares para os amantes da fotografia, os recifes cheios de vida para os amantes do mergulho, as milhares de experiências únicas para os amantes da aventura e os muitos recantos para os que são simplesmente amantes.

O vídeo fala por si.
(aconselho a que vejam em 720pHD em ecrã completo...)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rolling in the deep.

Deep down under the sea there is a little monster. It gets out of his cave everytime you go into the water. It waits for you and touch your feet when you're not looking. One day it's going to bite.

Don't worry, it's just the alcohol talkinng/writting.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Correr meninos.

Ao contrário do que possa parecer, não há nenhuma conotação sexual em tal actividade ou sequer ligação ao senhor Carlos Cruz.
Cá nas ilhas, ir "correr meninos" é uma tradição cujas raízes se perdem no tempo. Junta-se um grupo de amigos (é do interesse de todos que se conheçam e que não tenham vergonha de fazer "baboseira" à frente uns dos outros, pois no decorrer da noite com o álcool...), um estômago bem valente e vazio e muita vontade de rir.
Depois é só ir de casa em casa, a experimentar as maravilhas que estão em cima de cada mesa: bolos, tartes, petiscos, licores, aguardentes e tantas outras coisas...
Acontece desde o dia de Natal até ao dia de Reis.

Existem tradições que nunca deviam acabar.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal.


Directamente do presépio dos meus avós.

O paraíso ao fundo da rua.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

NBA.

Finalmente começou o maior espectáculo do basquetebol do mundo. O mercado ferveu e fez com que aparecessem novos candidatos aos playoffs. Vou fazer uma rápida revisão às equipas que acho que vão ficar nos 8 primeiros de cada conferência.

A conferência Este é a mais equilibrada. Temos 5 equipas de topo e 10 outras equipas perfeitamente capazes de conseguir uma das outras 3 vagas. À partida, apenas os Wizards e os Bucks não lutarão pelas vagas.

Os Celtics são um candidato crónico, e apesar de estarem bastante fracos este ano acho que chegarão perfeitamente aos 8 primeiros. Jogadores como Ray Allen, Rajon Rondo, Kevin Garnett e Paul Pierce podem ainda levar os verdes a mais um título.
Os Bulls também serão um forte candidato, pois contam com um fantástico Derrick Rose apoiado por uma grande equipa: Deng, Boozer e Noah. Espero que continuem a jogar da mesma forma que os levou a serem campeões da fase regular no ano passado.
Os Heat dispensam de grandes comentários: LeBron James, Wade, Bosh e Haslem. Ainda penso em como foi possível não terem sido campeões no ano passado...
Knicks. A equipa de Nova Iorque tem à sua disposição 'Melo, Stoudemire e Tyson Chandler, razões mais do que suficientes para lutar pelo título. Basta voltarmos uns anos atrás e vermos o que o gigante Stoudemire conseguir fazer com Steve Nash ao seu lado.
Os Orlando Magic estiveram francamente abaixo das suas possibilidades no ano passado. Howard, Türkoğlu, J.J. Redick e Jameer Nelson podem fazer muito melhor do que na época transacta, e para bem da liga espero que o façam.
Os Bobcats de Michael Jordan são uma equipa sem grandes nomes. Também acaba por ser por isso que jogam tão bem, por serem uma equipa, não uma estrela com um "support cast". Quero apenas destacar a aquisição de Bismarck Biyombo, que, pelo que já mostrou no campeonato espanhol, vai acrescentar bastante qualidade à equipa.
Os Hawks são outra equipa que vale pelo seu todo. O ano passado conseguiram um espectacular 5º lugar na fase regular, ficando à frente dos Knicks. Acho que este ano vão voltar a fazer um grande campeonato.
Os New Jersey Nets giram à volta de Deron Williams, um jogador que, na minha opinião, não rende tanto quanto podia, pois a equipa que o acompanha não tem qualidade suficiente. Vamos a ver se consegue carregar com a equipa às costas.

A conferência Oeste é, normalmente, bastante menos equilibrada, pois tem equipas muito fortes e equipas bastante mais fracas. Este ano penso que vai ser diferente, pois algumas das equipas mais fortes perderam jogadores importantes e algumas das equipas mais fracas reforçaram-se bastante bem.

Quero começar pelos Clippers, equipa que tenho apoiado, e que acaba sempre por ficar nos últimos lugares. Este ano estão poderosíssimos. A uma equipa que tinha Griffin e Jordan juntaram Cris Paul (deliciosamente roubado aos Lakers), Butler (que no ano passado foi campeão em Dallas) e Billups. Um 5 inicial de impor respeito e que acho que vai fazer coisas bonitas este ano, como provaram ser capazes ao cilindrar os Lakers.
Os Lakers são um candidato gigante, pois contam com jogadores como Kobe, Pau Gasol e Bynum. Penso que vai sair caro o erro de vender o melhor 6º jogador dos últimos anos. Veremos.
Os Thunder de Durant, Perkins, Westbrook e Ibaka são um candidato fortissimo a ganhar a conferência. Considero-os os mais sérios candidatos a ganhar a grande final este ano!
Dos Mavericks podemos esperar que atinjam com facilidade os playoffs. Perderam jogadores importantes como Chandler e Butler, mas continuam a contar com Nowitzki, Terry, West e Kidd e ingressaram Vince Carter e Lamar Odom.
Os Spurs vão ter à sua disposição pela ultima vez o "Big Three" (Duncan, Ginobili e Parker). Se ainda querem fazer alguma coisa é agora. A ver vamos...
Os Grizlies de Marc Gasol e de Zach Randolph devem voltar a mostrar o bom jogo que mostraram o ano passado. Espero que voltem a conseguir os excelentes resultados.
Os Minnesota Timberwolves juntaram a Kevin Love o espanhol Ricky Rubio. Provavelmente vão conseguir fazer um campeonato bastante bom, se o espanhol conseguir mostrar o bom basquetebol com que levou o Barcelona Regal a vencer a Liga Europeia.
Finalmente os Nuggets, que de todas as equipas que escolhi acho que é a que tem maior probabilidade de não ir aos playoffs. Contam com Mozgov, Gallinari e Rudy Fernandez nas suas fileiras. Esperemos que seja suficiente.

Agora é acompanhar com o entusiasmo de sempre e aguardar o desfecho.

See you tomorrow.

The night, so silent,
embrace you like nothing else,
whispering at your ear.

It calms you down
and makes you sleep.

See you tomorrow.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Final de tarde.


Quem disse que só os finais de tarde de Verão é que são bonitos?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Visto do céu.


O primeiro vislumbre da Terceira.
Foi curioso, pois o piloto fez a aproximação numa rota que nunca tinha experimentado...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Jeans, camisa aos quadrados e cigarro no canto da boca.

Ainda me lembro quando, rebuscando uma expressão que já está mais do que sobre usada, uma coisa era uma coisa e outra coisa era outra coisa.
Hoje ao entrar numa loja deparei-me com um grave problema: estava na zona da roupa masculina e só me parecia que continuava na zona da roupa feminina. Tem vindo a surgir uma confusão de géneros. O que digo é meramente referente às "vestimentas", em nada alude à sexualidade que cada um é livre de escolher.
Olho para a imagem dos ídolos do tempo do meu pai e vejo machões de barba rija com calças de ganga, camisa aos quadrados e de cigarro no canto da boca. Olho para os ídolos de hoje em dia e vejo calças com a cintura nos joelhos, t-shirts com lantejoulas e penteados de miúda.

Deixem-se de mariquices pá.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Reich.

Até os mauzões dos generais do III Reich voltavam para casa no final de mais uma temporada.
Sábado é a minha vez.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sem título.

Continuo a não conseguir fazer estórias com principio, meio e fim.
Mas pensando bem, ter só um meio já não é mau...

Ela.

O ar gelou, o coração parou. Lá vinha ela outra vez, na direcção dele. Os cabelos brilhavam intensamente sob a luz do sol que entrava através dos enormes vidros. O corredor parecia, agora, longo como um rio, largo como uma planície e a escadaria lá ao fundo parecia ser uma espécie de Evereste. Ela avançava. Parecia estar tudo a acontecer em câmara lenta. Os passos ecoavam no corredor vazio, faziam uma e outra vez estremecer as entranhas do pobre Miguel.
Ela, do alto daqueles deslumbrantes saltos pretos, emitia uma aura excitante. A sua cara de anjo e as suas curvas diabólicas faziam muitos tombar, tal como estava prestes a acontecer ao nosso amigo. Quer dizer, parecia que sim. Miguel transpirava e tremia quando via Raquel não por estar apaixonado pela beleza épica desta sua amiga de infância, mas por estar apaixonado pela menina feia com quem tinha jogado à apanhada e feito os trabalhos de casa. Raquel mudara muito, a cara cheia de borbulhas deu lugar a uma pele sedosa e radiante, o aparelho deu lugar a um sorriso brilhante, os totós deram lugar ao penteado mais bonito do mundo, o patinho feio deu lugar ao cisne. Por dentro continuava a mesma. Tinha 22 anos mas continuava a ser uma menina. Uma menina afável, querida e humilde.
Ela finalmente chegou ao pé dele. Cumprimentaram-se com um beijo apaixonado e ficaram um momento a olhar um para o outro. Sorriram, sabiam que se tinham um ao outro.
Fazia agora 9 anos que estavam juntos. Em momento algum Miguel deixara de sentir um nervosinho quando ela se aproximava dele. Nunca era igual. Nunca deixava de ser bom.
Ele apaixonara-se por ela quando ela não era mais do que uma menina feia, ela continuou a amá-lo quando ele começou a ficar um homem careca.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Panorâmica.


Hoje enquanto esperava pelo eléctrico comecei a fazer umas experiências com a minha máquina de bolso. Descobri que afinal tem uns 20 modos de fotografar. Um deles é "panorâmica"... Esta foi a primeira experiência.

Uma coisa.

Quando me vejo numa situação em que aparentemente sou parte de algo maior, sinto-me no topo do mundo.
Estar bem é razão suficiente para que as coisas tendam a correr mal, é assim que funciona. Não há cá karma nem justiça, as coisas correm mal porque estavam a correr bem, não porque fizeste algo de mal e agora mereces que esse mal volte a ti.
Não fiz mal algum que merecesse que o mundo desabasse em cima de mim. Mas desabou.
A verdade é que já passou e já não penso nisso, é história.

Mas também é verdade que me sinto uma coisa que deixou de servir.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dom.

Uns nascem com um dom, outros sem nenhum. Quer dizer, acho que todos nascem com um dom, só que alguns nunca o chegam a descobrir: por falta de trabalho (não fazendo nada, não se descobre nada...) ou porque o dom é completamente inútil.
Ora bem, isto tudo para dizer que é chato não ter nenhum dom para o que é preciso. Quero pegar na bola de futebol, fintar 5 jogadores e marcar um golo.
Not gonna happen.
Pego na bola, dou uns pontapés, com alguma sorte passo por um ou dois. Era mais fácil ter o dom, dava menos trabalho.

Ainda estou para ver onde anda o meu...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A cidade e a serra.

Os ares mais puros da serra sempre fizeram bem a quem deles precisou.
Após muito tempo cativo na metrópole, fiz-me à estrada. Santarém, Alpiarça, Coimbra, Oliveira do Hospital.
Estando no destino final, após umas belas petiscadas ribatejanas e um belo serão coimbrão, reencontrei amigos que há muito não via.
Num recanto oliveirense conjugaram-se algumas das coisas que considero indispensáveis para tornar um homem feliz: família (o Zé é família...), amigos (bastantes e dos bons), minis (Super ou Sagres, tanto faz) e uma ou outra mulher bonita.

Não há nada que não se possa esquecer com um bom amigo e com uma grade de minis. Quer dizer, nada que não se possa esquecer ou ninguém que não se possa animar.
Em Janeiro há mais, certamente.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Europeu.

Isto está lindo. Das três equipas que considerava favoritas ao título ficaram duas no mesmo grupo que Portugal. Temos a Holanda (a laranja mecânica, com um ataque demolidor com jogadores como Sneijder, van Persie e van der Vaart e com uma grande equipa atrás deles) e Alemanha (a Maanschaft que tem um meio campo brutal com nomes como Ozil, Khedira e Gotze e com um fantástico Muller à frente e tantos outros grandes jogadores) no mesmo grupo de Portugal, que fica completo com a Dinamarca (que tantas, mas mesmo tantas dores cabeças nos deu na qualificação...).
A outra equipa que considero favorita, para além das referidas Holanda e Alemanha, é a campeã Espanha, que volta a ir buscar a base da equipa ao super-Barcelona.

Vamos ter muitas unhas para roer...

Se título.

Com chuva ou sol, Coimbra é uma das minhas cidades favoritas.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Splash.

Bom português.


O português é uma língua tão forte... aguenta cada facada!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nabo.

Gostava imenso de ter um blogue todo moderno, com caixinhas para mandar um clique no like, para partilhar um posto ou para gostar da página. Era tudo muito bonito.
A verdade é que é muito complicado. Muito complicado. Demasiado complicado.

Lembro-me dos meus tempos áureos em que tinha metido na cabeça que era uma espécie de hacker e que conseguia fazer tudo de um pc. Pelos vistos sacar filmes, arranjar legendas, configurar o Windows e desligar e voltar a ligar o computador da tomada já são coisas vulgares. Toda a gente o consegue fazer.
Agora sinto-me um nabo no mundo da informática. Faço o básico e, sinceramente, pouco mais. Rio-me para dentro quando alguém vem ter comigo e diz "ajudas-me lá com um problema que tenho no computador? É que se bem me lembro percebias imenso daquilo". Percebia pois... mas agora os problemas não se resolvem com um simples desligar e voltar a desligar da ficha. Os vírus não morrem por isso...

Agora, feito o nabo informático que sou, tento uma e outra vez inventar umas coisas bonitas para o meu blogue. Não está fácil.

Acho que me vou ficar por textos, pensamentos estúpidos/lógicos/extraterrestres e por fotos espontâneas com relativa piada.

Atentamente,
um nabo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ainda bem que...

Ainda bem que a melhor coisa do mundo (crianças) tem origem na outra melhor coisa do mundo (vocês sabem...)!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por falar em manifestação...

A propósito de manifestações na minha rua: pessoal, querem fazer barulho façam, mas não me compliquem a vida. Não bastava já ter que andar à nora e à espera porque não há metro e os autocarros estão a funcionar precariamente (poucos, atrasados e cheios), tinha que levar com petardos rebentados à porta, cenas de pancadaria entre policia e delinquentes e com um medo constante de levar com uma pedra de calçada na cabeça.
Concordo com o facto das pessoas usarem o seu direito à greve para lutarem por um futuro melhor (e blá blá blá), mas custa-me que não percebam que o efeito que a greve teve foi mais negativo que positivo. O país parou, não produziu. Os aeroportos fecharam, ficaram lá fora os turistas que tanta falta fazem à nossa hotelaria, restauração e cultura. Os meios de transporte foram paralisados, tal como todos os que dependiam deles. À força. Há que perceber que apesar de não serem bonitas nem agradáveis, estas medidas são necessárias para garantir o cumprimento do acordo com a Troika, que é quem dá o dinheiro que faz possível colocar comida em muitas mesas. As medidas são um mal necessário.
Voltando à manifestação, falam muito da agressividade dos policias... mas o que realmente vi foram policias quietos a serem provocados, mesmo à porta de casa. Podem ter sido delinquentes que se juntaram ao evento, mas o facto é que tinham coletes identificativos de um dos blocos organizadores.
As ideias vão aparecendo, daí a estrutura do texto se calhar não ser a mais lógica.
Tivemos que pedir auxilio à Troika por uma simples razão: a governação irresponsável de que temos sido alvo nos últimos anos. Gastos acima das possibilidades e negócios ruinosos para o bolso do país, e tudo isto com um discurso optimista de que tudo iria ficar bem.
Para terminar duas coisas: governem bem o meu País e não me lixem a vida quando se quiserem manifestar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sem título.

Veremos sempre a loucura de mão dada com a genialidade.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lenine @ Aula Magna.

Pequena.

Era uma vez uma pequena, tão pequena.
Apesar de tão pequena, a pequena, sonhava grandiosamente.
Como os grandes, sonhava a pequena.
Não sejas mais pequena, ó pequena. Cresce e torna-te grande.
Torna-te grande como ninguém foi, e deixa de ser pequena.
Não há nada de errado com a pequenez, pequena, mas é melhor ser grande.
Hás-de ser.

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"

Sem título.

Hoje vi algures esta brilhante observação:

"Não julgues os preservativos pelo seu sabor".

Não imagino a quantidade de interpretações que se podem fazer...

domingo, 20 de novembro de 2011

Sem título.

Tenho esta incapacidade de terminar estórias da forma como elas deviam ser terminadas.

Sra da Esperança.


Esperança por dias de mar mais calmo.

sábado, 19 de novembro de 2011

Joy.

A alma enche, o coração dispara, as narinas abrem, a pupila expande, o sangue flui, a cabeça foca.

F*****e, o que é?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Carlos.

Como quem quer mas não pode, o Carlos lá lhe pôs a mão nas costas. Estavam frias, e ela gelou. Mexeu e remexeu e nada de encontrar o raio da aranha. Por momentos pensou senti-la a fugir por entre os dedos, mas nada...
O pai da Dalila, envergonhado com toda aquela situação, reprimiu-os e fez com que acabassem com aquela cena caricata. Nervosos, quer pela tenra idade, quer pelos raspanetes que se aproximavam ao longe, esconderam-se. Ela no armário da escada, ele debaixo da enorme cama do quarto de hospedes. O pai, de nome Afonso, bradava pelos corredores da casa à procura daqueles dois excomungados.
- É bom que apareçam! - deixava escapar por entre o enorme bigode que lhe enfeitava a cara - É que se não for a bem é a mal!
O medo começava a revolver as entranhas de ambos.
A fúria do pai aliada à cumplicidade para com ele que a mãe tinha só podia resultar numa coisa: palmadas até deixar de sentir o rabo, e isso, não ia acontecer. No momento em que pensava isto tudo, Carlos soltou um grunhido de desespero que alertou o pai.
Agora andava o velho a revolver o quarto onde a tia Lurdes e o tio José dormiam sempre que lá iam. O som que ecoava pelo quarto de portas a serem abertas. Em pânico, e já com pele de galinha, d'um salto saiu de baixo da cama e saltou da janela para a rua. Correu até mais não poder! Correu, correu e correu!
Foi para o único sitio onde se sentia seguro, o único sitio que sabia ser só seu.
De facto, aquela margem do lago, com a água a abraçar serenamente a terra, com os peixes mais corajosos a nadarem com os dorsos fora de água e a brilhar sobre o sol alaranjado daquele fim de tarde faziam daquele o lugar ideal para pensar na vida e abstrair de todos e quaisquer problemas.
E foi então que pensou no que tinha feito.
"Porque fui brincar com a aranha de estimação do pai?"

Puto estúpido... estava a pedi-las...

Sem título.

Tens o poder nas tuas mãos
de fazer com que tudo aconteça.
Segue,
não desistas.
Inspira, uma e outra vez
e foca-te
no futuro,
longínquo, talvez
mas num futuro.
É teu
e só depende de ti.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sem título.

A capacidade que temos de mover forças interiores é do nosso completo desconhecimento.
E isso é observável quando damos um traque que pensávamos ser silencioso e acabamos por descobrir que aparentemente acordou o prédio inteiro.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Seen live.

Já assisti a muitas actuações ao vivo... Umas valeram a pena, outras não.

As que valeram:
2manyDJs [Dj]
Alex Kanakis [Dj]
Alex Guerrero [Dj]
Ana Carolina
André Sardet
Bitch Boys [Dj]
Blasted Mechanism
Blind Zero
Boss AC
Brandi Carlile
Calvin Harris [Dj]
Clã
Classificados
Colbie Caillat
Corvos
Da Weasel
Dark Angels [Dj]
David Fonseca
Deep Insight [Dj]
Delicious [Dj]
Deolinda
Dezperados
Die Happy
Diego Miranda [Dj]
Dj Di Santo [Dj]
Dj Fernando [Dj]
Dj Vibe [Dj]
Double P [Dj]
Eagles of Death Metal
Easyway
Expensive Soul
Fatboy Slim
Fauvrelle [Dj]
Flor-de-lis
Fonzie
Flowing Tears
Frankie Chavez
Gabriel, o Pensador
Gentleman
Grouse [Dj]
HI-Tech2 [Dj]
Hoje
Homens da Luta
João Pedro Pais
Jorge Palma
Kathy [Dj]
Kika Lewis [Dj]
Klepht
Kumpania Algazarra
Las Orishas
Lenine
Liquido
Los Hermanos
Lúcia Moniz
Mafalda Veiga
Mercado Negro
Mercury Rev
Mogwai
Moonspell
Morcheeba
More Than a Thousand
Morpheus [Dj]
Motiv8 [Dj]
Nuno K [Dj]
Oioai
Paulo Gonzo
Pedro Abrunhosa
Pedro Cazanova [Dj]
Pedro Khima
Peixe:Avião
Per7ume
Pete tha Zouk [Dj]
Placebo
Pluto
Rádio Macau
RAMP
Reamonn
Rihanna
Rita Guerra
Rui Remix [Dj]
Rui Veloso
Sam the Kid
Sergio Delgado [Dj]
Sherpa [Dj]
Slimmy
Soulbizness
Stream
The Fox [Dj]
The Gift
The Kooks
The Prodigy
The Temple
The Ting Tings
Tributo a Pink Floyd
Tributo aos ABBA
Vanessa da Mata
Wraygunn
Xutos e Pontapés
X-Wife
Yves Larock [Dj]
Zombie Nation [Dj]

Repetia-os todos. Boa música proporciona bons momentos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Fantasmagórico.



No meio das fotos que tirei ficou esta. É das piores, mas foi a que mais gostei.

sábado, 12 de novembro de 2011

Coerência.

Opinar é importante.
Num mundo cada vez com mais preconceito e mais discriminante temos que marcar posição. É necessário manter a individualidade. Com isto não digo que se devamos ser do contra ou que não devamos seguir as massas. Se acharmos que é a opinião de todos é a correcta devemos, então, segui-las, não devemos fazê-lo apenas porque sim, ou apenas porque "é assim que todos pensam".
Outro ponto muito importante no opinar é manter a coerência. Nunca devemos mudar infundamentadamente de opinião, muito menos para a direcção oposta. É importante, para que a nossa opinião seja tomada em conta, que mantenhamos um grau de coerência elevado e uma sequência lógica de pensamentos e opiniões. Não devemos achar que algo é totalmente errado e dois dias depois estar a fazê-lo. Perde-se a credibilidade e a imagem é mudada, é errado para com nós mesmos.
Esta é uma opinião minha. Pode ser tida em conta, se acharem que sou coerente, ou não, se acharem que não o sou.

É só mais uma...

Sem título.

Isto está um bocado "amaricado"... mas é só uma experiência!

Joy.



Esta foto é da Páscoa de 2010, e mostra uma das duas cabras que naquela altura tínhamos no quintal após dar à luz 4 cabritinhos.

All this.

I got this thing, this little thing. It is my secret, it is the only secret I got.
I could share it, but I will not, because it is mine.
I got a handfull of sunshine in my pocket, and it is mine, just mine, it is not to anybody else.
I got this love in my heart, all this love. It is mine, just mine, and this time I will not give it to anyone but myself.

Mudança.

Ele descia a rua, como todos os dias. Enchia os pulmões com o fumo dos carros que passavam, como todos os dias. Cantarolava e assobiava, como todos os dias. Via as mesmas pessoas de todos os dias. Porém, não era só mais um dia qualquer.

Ao passar por uma paragem de autocarro, como todos os dias, viu a senhora estendida no chão. Inanimada, desprovida de vida. Paralisou, gelou. Olhou em redor, clamou por ajuda. Parecia que de um momento para o outro a rua ficara deserta. Nem sinal de viv'alma!

"Não a posso abandonar assim" pensou. Era a primeira vez que contactava com um morto, com alguém cuja alma já não estava. Sentia um vazio que o preenchia.

O medo passou, e só conseguia pensar em qual seria a história daquela senhora. Teria filhos ou netos? Também passeava pelas ruas todos os dias como ele? Iria deixar saudades? Iria mudar alguma coisa?

A ajuda chegou. Inútil para a pobre dama que já vagueava às portas do purgatório, mas de extrema importância para o pobre jovem que ainda nem conseguia falar.

Não penses que pode ser só mais um dia na tua vida, pois ele pode sempre mudá-la.

Concern.

É normal a preocupação. Quem gosta cuida, e para cuidar é preciso preocupar.
É pena não haver um botão on/off para isso. Dava jeito. Evitava preocupações.
No entanto "they can do whatever they want, its not my fucking business".

E sabem que mais? Graças a Deus que não é.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sem título.

Repensando em cada momento, penso
no que seria de mim sem o que já vivi
sem o que vivo
e sem o que hei-de viver.

Ninguém. Outro que não eu.

Protesto.

O caso é sério. Regularmente juntam-se grupos de indivíduos descontentes com uma qualquer coisa e fazem barulho aqui ao pé de casa. É brilhante na medida que lutam, é desesperante na medida que não resulta.
Todos temos o direito de protestar e de reclamar os nossos direitos. Mas alguns abusam.
Há quem queira descansar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A lua, lá no alto.

No terraço o tempo estava calmo. O vento não mexia, a brisa não arrefecia e o sol não cegava. Subiram todos até lá, um a um. Perfeita, a tarde.
Os amigos juntaram-se à volta da mesa, sentados nos bancos, nas cadeiras e nos colos. Cabiam todos, e mais houvessem. Entre amigos há sempre espaço. Chegou o anfitrião, quer dizer, não havia anfitrião, estivessem em casa de quem estivessem estavam sempre na sua casa. Amigos são família.
O dia foi-se apagando e a noite foi-se deitando sobre os telhados, como que observando todo o bairro por meio do seu olho amarelo brilhante lá no alto.
Falaram, contaram, conversaram, riram. O Verão aproximava-se a passos largos da despedida. Iria deixar saudades. Ele e as tardes de Verão. Irrepetiveis.

Esperar é sonhar acordado.

No meio de tanto mau tempo e de tanto tempo para pensar: "Esperar é sonhar acordado".

Tenho dito.

Arca.

Espero pacientemente como quem não tem mais por que esperar. Na rua chove abundantemente, um dilúvio.
Espero pacientemente na cadeira, espero pacientemente na outra cadeira, espero pacientemente na cama, espero pacientemente no chão.
Só se ouvem os beirais a mandar água para o meio da rua e os trovões que correm atrás dos raios que rasgam e iluminam o céu escuro.
Espero pacientemente. Onde anda a tua Arca, Noé?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem título.

A coberto da escuridão da noite subiram a rua. Correndo por entre carros e motas ali deixados à pressa, apressavam-se. Não havia viv'alma por perto.
O clamor tinha passado e, agora, escutava-se silêncio.
O cimo da rua parecia mais perto, e mais perto, e mais perto. Chegaram. Como em todo o sítio, nada. A praça encontrava-se despida de alegria ou de tristeza, de amor ou de ódio, de qualquer alma. Olhavam, ali, os três para o vazio que preenchia a rua. O vazio que os começava a encher.
Sentiam-se agora ainda mais perdidos, sós e desesperados. Rezavam para si mesmos, faziam juras ao Criador. Pediam como nunca pediram.
Ao longe acendeu-se uma luz. Uma réstia de esperança e um placebo de coragem. De mochila às costas seguiram, em direcção à luz.
Por entre tudo o que fora deixado para trás, fintavam. Os objectos e a sorte.
Já de ninguém dependia nada. Seria o que tivesse que ser.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Re-nascimento.

Sim, sei que não é assim que se escreve.
Sempre ouvi dizer que para nascermos tínhamos que morrer, que abandonar a antiga vida. Dar lugar ao novo.
Morremos para a vida no ventre da mãe para renascermos no mundo. Morre a inocência da infância para renascer a irreverência da adolescência. Morre essa irreverência para dar lugar à responsabilidade da vida adulta.
Morremos todos os dias. Morremos constantemente. Porém, qual fénix, sempre que morremos voltamos a renascer. Mais fortes, mais maduros, mais experientes. Com calo.

Até um dia. Em que morremos pela última vez neste ventre.

Renasceremos?