quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sem título.

O sono escasseia e as ideias passam a correr.
Não tenho grande sentido a dar às palavras que fluem desde a cabeça até à ponta dos dedos. Elas saem e hão-de dar sentido a elas mesmas. Sempre foi assim. Sempre me parece, depois, que não tinha sido escrito por mim.
A música que faz cada partícula de ar vibrar, entra-me pelos ouvidos, sem tomar grande sentido, sem surtir grande efeito. Não provoca qualquer reacção. Não se canta, não se assobia, não se faz nada.
Continuo a procurar um sentido para estas palavras, mas não encontro. Por muito que queira.
Um dia as ideias que me passaram da ponta dos dedos para o ecrã hão-de sair. Não agora, um dia.

Chego ao ponto em que me estou a cagar para isto. Há-de fazer sentido, algum dia. Não agora. 

Boa noite, vou dormir.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pó.


Directamente do baú. cheia de pó...

Tirana.

O que me assusta no cancro não é a morte anunciada, quando o caso é terminal. O que me assusta é o sofrimento que traz. A quem padece, como a quem acompanha.

A minha avó, a chorar a morte do filho, sussurrava "doença tirana". 
Acho pouco. É uma doença filha da puta.