sexta-feira, 14 de novembro de 2014

@ work.


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Curiosamente, nada disso lhe tinha alguma vez passado pela cabeça. Sentia-se como um puto de 14 anos a quem tinham dado uma playstation. Ou como um puto de 16 que vai pela primeira vez a uma discoteca. Deslumbrado. Embasbacado. Babado.

Já não existia nada daquilo, pensou. Já não pensava existir nada daquilo. Não era suposto, num mundo corrompido, existirem sentimentos tão puros, tão transparentes e desapegados.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Tiny.


Tiny, tiny.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

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Quando te vou ver às 4, às 3 começo a ficar feliz.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Só porque sim.


Gostei do efeito.

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Sometimes, in life, everything is not enough.

Sometimes a little bit it's more than enough.

And sometimes you just don't know. At all.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Divagação.

Deparando-se com aquele cenário dantesco, saltou. Um salto para o abismo. Seria sempre melhor que ter a alma sugada pelos demónios que por ali pairavam. Seria, ao menos, um final decente, um fim com paz.

Nos breves momentos em que voou, enquanto caia na direcção das rochas pontiagudas que lá em baixo apontavam ao céu, pensou em tudo o que tinha sido. Pensou quanto mais poderia ter feito, quanto mais poderia ter vivido. Mas era tarde, demasiado tarde. O destino estava traçado e tudo caminhava a passos largos para o fim. Caminhava não, voava. As pedras estavam a ficar tão perto que conseguia distinguir os vários tons de preto que as compunham. E tantos que eram.

Subitamente tudo acabou, tudo chegou ao fim. Enquanto o sangue escorria pelo corpo abaixo, os demónios gritavam desesperadamente pela alma que não tinham conseguido apanhar. Pelo meio, um momento de quase silêncio, onde só se ouviam os pingos de sangue a bater no chão e os uivos distantes dos demónios desalmados à procura de quem mais levar.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Angra, pela manhã.


Angra andou bonita pela manhã, durante as Sanjoaninas.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Uma flor.



No meio do nada, ver uma flor tão bonita anima o dia!

sábado, 24 de maio de 2014

7 cidades, again.



Não me farto...

terça-feira, 20 de maio de 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sete Cidades.


Foi uma das mais belas vistas que já vi. E fico muito feliz por ter tido bom tempo para a apreciar decentemente.

Infelizmente a fotografia não consegue transmitir a real beleza do sítio.
Um autêntico presépio.

15.000!

15 mil visitas.

Obrigado pela atenção dispensada :)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

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Enquanto andava em direcção ao pôr do sol, agarrou-lhe a mão. Com os olhos postos no chão sorriu. Não precisava olhar para ver a sua expressão. Sabia que também estava a sorrir.

Chegaram à beira da água, e com um sacudir dos pés, atiraram os chinelos para longe. Enterraram os pés nas águas amenas do Golfo. Andaram em frente, na direção da água que reflectia os raios alaranjados dos sol que já fugia pelo horizonte. Viraram-se um para o outro e olharam-se. Sorriram.

Até que veio um tubarão e comeu a perna a um deles. Bah.

Tou sem pachorra.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dia da mãe.

Foi ontem, mas se usarmos o fuso horário dos EUA ainda é hoje.

Tenho a melhor mãe do mundo. Não só porque é a MINHA mãe, mas também porque atura todas as minhas merdas.

Love you mom.

P.S.: a minha outra mãe, a mamã mais velhinha, a minha avó também é a maior. Melhor que as vossas! Love you too grandma'!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

"Arveres".


Deitado num banco a tirar fotos para o céu.

Esther.

Esther sempre se habituara a estar sozinha, desde pequena que via os pais a sair de manhã e a voltar depois do sol posto. Desde cedo que aprendera a desenrascar-se. Na escola, onde foi só meia-dúzia de vezes, nunca conseguira fazer amigos, nunca se sentira próxima com alguém. Era demasiado diferente, não era como os outros.

Nunca se tinha interessado por fazer amizade com ninguém, preferia o seu recanto, a sua paz. Mal sabia que assim devia ter sido, sempre. Mal sabia que devia ter ficado em casa naquela sexta-feira.

Numa sexta-feira qualquer, Esther saiu de casa, de mochila às costas, como sempre fazia. Desceu a calçada até à praça e passou pelas mesmas lojas e pelas mesmas pessoas de sempre. Aliás, eram quase todas as de sempre. Havia uma nova loja, com uma nova pessoa. Uma loja de velharias. Parou curiosa a olhar para a montra, e viu lá no fundo um rosto agradável, sorridente. Sentiu-se estranha, sentiu que tinha de entrar. Entrou.
Pegou na primeira peça que viu e dirigiu-se ao simpático sorriso para perguntar o preço. As palavras não saíram. Sentiu um calor a subir-lhe pelo peito. Nunca sentira nada parecido.
Deixou o vaso velho em cima do balcão, e saiu apressadamente, deixando o rapaz surpreendido a olhá-la.

Voltou lá, dia após dia, sempre com o mesmo fim e sempre com o mesmo resultado. Até que um dia foi ele a falar.

Cabeceira.

Normalmente estas horas não são boas conselheiras, pela experiência que tenho. Pelo menos quando estou acordado.

A cabeceira sim, é uma boa conselheira. E é p'ra lá que vou...
 
Há dias de merda, daqueles que nem vale a pena tentar remediar.
Há dias assim. E há dias melhores.

Vou ali deitar a cabeça um bocado.
Na cabeceira, para ver o que ela diz...

terça-feira, 29 de abril de 2014

Quiet.


A Lagoa do Fogo foi, provavelmente, o sítio mais calmo e quieto onde estive.

Recomendo, e hei-de voltar.

Istambul.

Ele agarrou-a pela mão e sorriu. Ela entendeu logo, era o momento. Correram desenfreadamente por entre as pessoas que pelo mercado deambulavam. Como duas crianças que tivessem roubado maçãs na banca da fruta. Ele olhava para trás, com o braço esticado a puxá-la. Sorriam estupidamente. Sorriam de orelha a orelha. Estavam felizes até às entranhas.

Por pouco não se atrasaram. O pôr-do-sol da cidade era lindo. Istambul é linda, e tem o pôr-do-sol mais exótico possível, por entre as torres das mesquitas, o sol - já uma bola alaranjada - desce e deixa no céu um rasto de cores de cortar a respiração.
Assim o viram, ele com o braço por cima dela, ela com a cabeça acomodada nele. Em silêncio. Junto a tantos outros que daquele jardim apreciavam a beleza do momento. Em silêncio. Sem nada precisar de ser dito.

A meia hora que durou, passou num instante. Esvaiam-se os últimos raios de sol e ela olhou-o timidamente, como quem deseja mas não pode. Pensou que seria para sempre.
Ele sentiu também que seria para sempre, e apertou-a contra si. E ali ficaram, até a lua estar bem no alto. Sempre em silêncio. Um silêncio que se compreendia. O momento era bonito, e teriam para sempre para falar.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Won't.

Just want to let go some things.

Not a lot, but some. Well, maybe a lot.

But I won't. But just because I can't.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Benfica.

Não podia deixar de falar num dos meus grandes amores.

Depois de no ano passado me ter deixado à beira de ter meia dúzia de enfartes, este ano a coisa está (de momento, digo) a correr francamente melhor.

O campeonato já cá canta. As taças cada vez parecem mais perto de "casa". E a Liga Europa não é o é, de todo, uma miragem, apenas precisamos ganhar aos spagetties vestidos às riscas pretas e brancas. E este anos temo-nos dado bem com equipas às riscas (hehe).

Algo que considero tão positivo quanto a vitória no campeonato é o facto de a equipa finalmente parecer ter ultrapassado o complexo de inferioridade a jogar frente aos tripeiros. É verdade que este ano estão um bocado aquém, mas é importante aproveitar isso para criar calo. Como li nalgum lado, no ultimo jogo contra o porto, o Benfica era uma equipa de homens, e o porto uma equipa de meninos.
Já chega de baixar as orelhas e comer no cu cada vez que jogamos contra eles.

Ontem o dia foi Glorioso, e isso deixou-me de ressaca e doente. Mas há coisas bem piores, podíamos não ter sido campeões. Numa alusão aos gatinhos de verde, foi bonito ver o leão sentado ao lado do Marquês (que tinha uma camisola tão bonita...) a vislumbrar a grandeza do Benfica.

Esta merda é toda nossa!

Tudo a saltar, tudo a saltaaaaar!

sábado, 19 de abril de 2014

A propósito.

A propósito de cancro...

Já vi de bastante perto o que o cancro pode fazer. Antes pensava que sabia o que era conviver com o cancro, mas só quando o vi bem de perto é que soube.

Na fase sempre conturbada da adolescência, vi a minha avó ir de saudável até ao outro extremo em cerca de meio ano. Vi tudo aquilo passar à minha frente, ainda assim sem noção do que aquilo tudo era. Custou.

Já adulto, com outra "bagagem", vi o meu padrinho passar pelo mesmo. Vi-o ter o mesmo desfecho. Vi-o ficar pior de dia para dia. Vi-o melhorar, dar-nos esperança, e depois voltar ao mesmo. Vi a vida a esvair. E pior que tudo, tive de levar os meus avós, um de cada vez, a ver o filho a morrer. Ver um filho a morrer...
Desta vez custou mais, desta vez senti mais na pele. Desta vez ficou rancor.

Puta que pariu.

Não há duas sem três.

Agora acompanho o meu avô regularmente à químio. Aquele avô que não faz muito tempo perdeu um filho para a mesma doença. Na altura ela já a tinha, mas não sabia. Não tinha tripa para isso, não sei se não baixaria os braços. Ainda existem heróis, homens à antiga. Vejo-o alegre a conversar na sala de tratamentos, a tentar criar um bom ambiente, onde paira no ar o odor da morte. É verdade, por muito que não gostemos de falar. Às vezes deixamos de ver pessoas que lá iam - ninguém tem coragem de perguntar se ficaram melhores ou se morreram. Apetece-me chorar - não sei se de orgulho ou se de raiva por termos  que passar pelo mesmo - quando olho para as marcas que o tempo foi deixando na cara do meu avô. Admiro-o durante as horas que lá estamos. Admiro como gosta que as pessoas estejam bem à sua volta. Admiro que se preocupe mais em lutar para não deixar a minha avó sozinha do que para não morrer. Ainda o admiro mais quando faz isso tão pouco tempo depois de perder um filho.

Não me leves o meu avô.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Fuck cancer...



Não há como ficar indiferente.

domingo, 13 de abril de 2014

Mal-entendido. Entendido?

It happens to me all the time. Também não faço por menos.

Aborreço-me facilmente.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

domingo, 6 de abril de 2014

Desabafo.

Às vezes, tudo o que temos a fazer é rir de nós próprios.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

25.

Estamos na iminência de celebrar o 40º aniversário do 25 de Abril. Viva a liberdade, né?

Pessoalmente acho que temos liberdade a mais.
Tudo bem que havia demasiado controle. Mas agora há demasiada liberdade.
A famosa frase "a minha liberdade começa onde acaba a do outro" introduz bem o problema do excesso de liberdade.

A falta de bom senso que existe hoje em dia, aliada ao dito excesso de liberdade, faz com que sejamos sujeitos a situações bastante desagradáveis e nas quais podemos fazer muito pouco.

E não, não gosto de kizomba, senhor que está a passar com os vidros do carro abertos e com o volume no máximo.


domingo, 30 de março de 2014

Teria...

Calmamente repousou sobre a folha cheia de orvalho.
Com a vibração toda a água escorreu, e fluiu pelo caule abaixo, espalhado-se pelo chão.
A pequena formiga olhou para cima, e por entre os raios de sol viu a beleza da borboleta.

Nunca uma formiga tinha ousado falar com algum insecto de outra espécie, era proibido. Aliás, apenas uma vez tinha acontecido, quando uma das pequenas formigas tinha implorado para que o gafanhoto não a comesse. Quebrou o voto de silêncio, teve de morrer. Ninguém pode saber que falam.

A formiga subiu timidamente o caule, meio ofuscada pela beleza exuberante da vistosa borboleta.

-Tu, tu és nova aqui? - perguntou timidamente.

A borboleta olhou assustada e nada disse.

-Podes responder que não te faço mal. - acrescentou.

-Sou, venho do norte e vou em direcção a sul. A neve está a chegar e nós não fomos feitas para ela.

-Fazem bem. Nunca vi uma criatura tão bonita. Existem mais como tu? - falou a borboleta.

-Somos muitas. Mais que possas imaginar. Às vezes, quando voamos juntas, parecemos nuvens...

-Eu nunca saí daqui. Como é voar, como são os outros lugares? - perguntou a visivelmente apaixonada formiga.

-Anda cá, mostro-te.

A pequena formiga, subiu para as costas da borboleta. E a borboleta começou a voar.
O movimento gracioso das grandes asas começou a abrandar. Começaram a descer.

-O que se passa? - perguntou a formiga.

Nem uma palavra.

-O que se passa? Estamos a cair! - gritou aflita.

Nada.

Caíram com um estrondo, imperceptível tal era a sua pequena insignificância.
A formiga abriu lentamente os olhos. Estava rodeada de outras pequenas formigas.

Tinham abatido a borboleta. Ninguém podia saber que falavam. Ninguém.

Iria morrer também.
Teria sido uma bonita história de amor.

Teria...


Barco.


Tirei esta foto há algum tempo, e hoje voltei a passar os olhos por ela. 

sábado, 29 de março de 2014

Incondicional.

Tenho vindo a conhecer um novo tipo de amor. Confesso que já tive muitos animais de estimação, mas nunca tive uma ligação com nenhum deles como esta.

A verdade é que nunca fiz/me deixaram fazer as coisas como deve ser. Nunca fui dar passeios com nenhum dos meus anteriores cães, nunca fui com eles ao veterinário, brincava com eles só quando o rei fazia anos.
Mas com esta palerma é diferente. Ela é parva, e eu em certa medida também sou, daí dar-mo-nos tão bem. Sabe bem sentar e ela vir deitar-se ao lado.

Lealdade desta não se compra, nem se força. É amor de cão...


quarta-feira, 26 de março de 2014

É inconsequente.

É inconsequente toda e qualquer coisa que fazemos por fazer. Por isso só escrevo quando me apetece, quando sinto que tenho de o fazer. Por isso passam meses entre posts. Escrever só pra encher é inconsequente.

Não escrevo por mais nenhuma razão a não ser para despejar ideias para fazer espaço para novas.

terça-feira, 25 de março de 2014

Romace's not dead.

Lembrando a célebre frase "Punk's not dead".

Fodasse, o romance não está morto. Não pode morrer. Nós apenas nos acomodamos. "Emperguiçamo-nos". Comigo é assim, mas apesar de tudo gosto de ser romântico. Nem que seja em relação à vida.

Vamos por partes.

Tenho uma visão muito romântica da vida. Tudo pode ser bom, tudo pode ser um poema. Escusado será dizer que levo sucessivos murros no estômago, cada vez que tenho de cair na real e aperceber-me que no final todos morremos. É justo dizer que não podemos ser românticos em relação à vida. Aqui o romance morreu.

Relativamente à outra face do ser romântico, julgo que é senso comum associar romance a amor. O amor implica romance. Se não implica para que a chama do amor se acenda, pelo menos tem que implicar para manter a chama acesa. O romance resguarda o amor. O romance protege-o. Não pode morrer.

Uma flor apanhada num jardim a caminho da casa dela ou um ramo comprado antes do encontro. Duas tostas para jantarem juntos a ver a lua no jardim ou uma refeição a dois no terraço do melhor restaurante da cidade. Um passeio ao final da tarde pela beira-mar ou uma viagem a Paris no fim-de-semana. Extremos opostos que significam o mesmo. O romance não morre.

Todos somos românticos, nalguma circunstância.
Quem nunca foi, atire a primeira pedra.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

K-arma.

A vida dá muitas voltas. Isso sim, é uma certeza. Num instante está tudo bem, no instante a seguir não. Típico.
Penso que tudo se resume a karma, a forma que o universo encontra de equilibrar a balança. Do que fazemos e até do que pensamos.
Tenho um karma um bocado fodido. Um bocado é favor...
Espero que quando for hora de equilibrar a balança, o universo seja generoso com as coisas boas na mesma medida que é "generoso" com as más.

Há coisas que não conseguimos controlar.

E depois há coisas que fiz por merecer.

Às vezes até acho que é bem feito.
Burro, não devia dar tiros nos pés...