quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dia mundial da luta contra o cancro.

Ontem foi o dia mundial da luta contra a minha besta negra, foi dia de homenagear quem luta contra o flagelo que por várias vezes me levou quem mais gostava.
Sei que muitos compartilham a ânsia de um dia ver a noticia de que finalmente foi descoberta uma maneira de acabar com este filho da puta.
Chegamos ao ponto onde 1 em cada 4 portugueses que morrem, morre por causa de cancro. 1 em cada 4. A mim, levou-me 3 dos últimos 4.
Sinto o mais profundo ódio - ou o que quer que exista e seja mais forte que ódio - pela doença. Num aspecto, ela vem, vê e vence (veni, vidi, vici). É triste.
A luta é dura, desgastante, frustrante. Umas vezes mata depressa, outras vai matando, vai sugando toda a alegria e toda a vida dos que a têm, e dos que os rodeiam. Vai-se alimentando da esperança, vi fazendo-a desvanecer, vai apagando a chama da vida, aos poucos, dolorosamente...
Nunca estamos preparados, nunca podemos ficar preparados. Muito pelo contrário. A dor da luta é quase maior do que a da perda, da primeira vez. Na segunda vez a luta dói, mas a perda é devastador, o sabor da derrota, mais uma vez. A terceira é indescritível, porque vamos à luta a pensar que é a nossa vez de ficar por cima, mas não é.
São heróis, todos os que venceram um cancro, mas são ainda mais heróis todos os que perderam a luta.
Espero que um dia, de uma vez por todas, mais ninguém tenha de passar por nada disto.
Aos que já foram, que estejam em paz.
Aos meus, a saudade é indescritível, mata.
Aos que ainda lutam, não se deixem abater.

Foi um desabafo.
Bem haja.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

@ work.


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Curiosamente, nada disso lhe tinha alguma vez passado pela cabeça. Sentia-se como um puto de 14 anos a quem tinham dado uma playstation. Ou como um puto de 16 que vai pela primeira vez a uma discoteca. Deslumbrado. Embasbacado. Babado.

Já não existia nada daquilo, pensou. Já não pensava existir nada daquilo. Não era suposto, num mundo corrompido, existirem sentimentos tão puros, tão transparentes e desapegados.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Tiny.


Tiny, tiny.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

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Quando te vou ver às 4, às 3 começo a ficar feliz.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Só porque sim.


Gostei do efeito.

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Sometimes, in life, everything is not enough.

Sometimes a little bit it's more than enough.

And sometimes you just don't know. At all.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Divagação.

Deparando-se com aquele cenário dantesco, saltou. Um salto para o abismo. Seria sempre melhor que ter a alma sugada pelos demónios que por ali pairavam. Seria, ao menos, um final decente, um fim com paz.

Nos breves momentos em que voou, enquanto caia na direcção das rochas pontiagudas que lá em baixo apontavam ao céu, pensou em tudo o que tinha sido. Pensou quanto mais poderia ter feito, quanto mais poderia ter vivido. Mas era tarde, demasiado tarde. O destino estava traçado e tudo caminhava a passos largos para o fim. Caminhava não, voava. As pedras estavam a ficar tão perto que conseguia distinguir os vários tons de preto que as compunham. E tantos que eram.

Subitamente tudo acabou, tudo chegou ao fim. Enquanto o sangue escorria pelo corpo abaixo, os demónios gritavam desesperadamente pela alma que não tinham conseguido apanhar. Pelo meio, um momento de quase silêncio, onde só se ouviam os pingos de sangue a bater no chão e os uivos distantes dos demónios desalmados à procura de quem mais levar.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Angra, pela manhã.


Angra andou bonita pela manhã, durante as Sanjoaninas.