sexta-feira, 23 de abril de 2010

Véu.

Numa questão de dias apareceram uma mão cheia de noticias relacionadas com problemas que o uso de véu por jovens islâmicas em vários países europeus. Não percebo o porquê de tanta polémica. Corro o risco de ser chamado de intolerante ou mesmo de xenófobo, mas vou tentar deixar bem explícito o meu ponto de vista. Vou trazer a realidade dessa polémica para o quotidiano português.

Estamos num país onde se privilegiam os que não querem trabalhar, os que não querem nada da vida, os que não trazem beneficio nenhum à sociedade. Que estímulo tem um português para pagar impostos que servem para financiar um sistema de saúde muito deficiente, para fazer bairros para estrangeiros e ciganos que nunca pagaram impostos na vida e que devido à sua "inadaptabilidade social" são desestabilizadores da sociedade (matando, roubando, destruindo...), para pagar subsídios de desemprego a pessoas que alegremente nos dizem "vai trabalhar para poderes descontar para o governo me pagar para ir jogar às cartas no café", para subsidiar uma força policial que não está autorizada a usar a força nem a disparar sobre criminosos. Pagar impostos para isto? É esta a realidade de Portugal. Sim, o mesmo Portugal que outrora dividiu o mundo com Espanha.

Não me espanta que mais cedo ou mais tarde chegue essa polémica a Portugal. Concordo que o véu seja banido dos locais públicos. As cruzes foram. São símbolos, diferentes, mas símbolos religiosos. Teríamos o mesmo governo "corajoso" que permitiu o casamento gay (provavelmente revogado pelo Presidente da República após a visita papal, haja decência e bom senso...) a proibir o uso do véu? Ou seremos uns mais iguais que outros? Será o símbolo cristão, que representa uns bons 80% da população, mais ofensivo para os restantes portugueses do que o véu poderá eventualmente ser para esses 80%? O papel do governo não será tentar salvaguardar os interesses da maioria dos portugueses (algo que não acontece há cerca de 36 anos...)?

O tema do véu seria apenas a ponta do icebergue... estamos com o país cheio de minorias que são levadas ao colo em detrimento do resto dos portugueses. Temos os ciganos que caíram no país de para-quedas e a quem são dados bairros inteiros enquanto famílias portuguesas que habitam o nosso país desde sempre lutam para ter um tecto, acabando esses mesmo ciganos por transformar bairros onde foram investidos milhões em verdadeiras bocas do inferno onde nem a policia consegue entrar. Como estes bairros existem muitos outros de brasileiros, africanos e imigrantes de leste. São eles que nos fazem olhar pelo ombro quando andamos na rua.

As minorias são protegidas pelo governo e pelos meios de comunicação (que arranjam sempre excelentes histórias nestes casos...) enquanto o resto dos portugueses pagam por isso.

Vamos a levantar o véu que está por cima destes problemas. Já cá andávamos. Não vamos fazer leis para nos adaptarmos a quem chega, vamos fazê-los adaptar às que já temos. Na nossa casa devíamos mandar nós...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sapiência.

Uma professora universitária acabava de dar as últimas orientações aos alunos acerca do exame que ocorreria no dia seguinte. Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com excepção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.

Um engraçadinho que estava sentado no fundo da sala, perguntou com aquele velho ar de cinismo:
-De entre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por actividade sexual?

A classe explodiu em gargalhadas, com a professora a aguardar pacientemente que o silêncio fosse estabelecido. Assim que isso aconteceu, ela olhou para o palhaço e respondeu:
-Isso não é um motivo justificado - e continuou serenamente - Como o exame será de escolha múltipla, você pode vir para a sala e escrever com a outra mão... Ou se não se puder sentar, pode responder de pé.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

deus.

O título está com letra minúsculas propositadamente.

Estamos à beira do Estoril Open e fala-se dos "Deuses do ténis". "Deuses" ou "deuses"? Poderemos retirar a divindade que os fãs atribuem a jogadores como Federer? Podemos dizer que só o nosso Deus é divino? Podemos ou devemos fazê-lo?

Acredito piamente que as pessoas que chamam aos ditos jogadores "deus" nutrem maior respeito e amor que a maior parte dos ditos crentes das grandes religiões do mundo. Temos os fãs do ténis a pagar cerca de 250 euros para assistir a um torneio que dura 9 dias, enquanto a maior parte dos cristãos nem gasta metade disso numa vida para ajudar a igreja ou o próximo. Digo cristãos da mesma forma que diria muçulmanos, judeus ou budistas.

Não gastamos tempo nem dinheiro com o nosso Deus e eles gastam centenas de euros e muitos dias com os seus deuses.

Apesar de serem realidades e dimensões diferentes quem dá uma lição a quem? Quem dá tudo pelo seu Deus? Ou deus? Quem tem um Deus e quem tem um deus?

domingo, 18 de abril de 2010

Benfica.

Hoje joga o Benfica. Uma vez mais o país vai parar para ver. São os benfiquistas pela vontade de serem campeões, são os bracarenses com a expectativa de que o Benfica perca pontos, são os portistas nervosos porque não ganharam nada este ano e por isso não querem que o Benfica ganhe nada também, são os sportinguistas porque não querem ver Lisboa pintada de vermelho, e são todas as outras pessoas que gostam simplesmente de um bom jogo de bola.

Deixem a bola rolar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gaia.

A Terra está contra nós. Após um inicio de ano mexido (foram tantos os sismos...) chegou a hora da mudança de arma. Gaia (entidade mitológica que controlava a natureza) mudou dos sismos para os vulcões. A nuvem expelida por um vulcão de não muito grandes dimensões na Islândia parou os vôos em meia Europa.

Esperamos pelo próximo episódio desta luta desigual...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A mania da perseguição.

Os meninos do Sporting que deram conferência de imprensa após o jogo tem sérios problemas discernitivos. Querem igualdade de critérios. Acham que o Luisão deveria ter sido expulso, mas quanto às duas entradas bárbaras do Miguel Veloso (sobre o Ramires junto à bandeirola de canto e sobre o Kardec no meio campo do Sporting) não se ouviu uma palavra. Não deveria ter sido expulso também, portanto.

Falaram também de uma suposta inclinação do campo. A única explicação que encontro para essa inclinação tem um nome: Aimar. Não sei se o campo ficou inclinado devido ao peso do jogador argentino ou por causa das vezes que trocou os olhos aos leões. Pensem o que quiserem, mas foi ele que inclinou o campo.

Para quem não viu isto tenho uuma palavra de força e incentivo. Para a próxima vêem melhor.

Façam favor.

Apesar de ter uma vontade imensa de disparar palavras para o blog não sei o que escrever. Há tantos temas na ribalta, mas nenhum me inspira como já outros inspiraram.

Propostas variadas aceitam-se.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pés bem assentes no chão.

Agora está na moda o vídeo de uma menina que é surpreendida por uma jovem que diz que nunca mais vai lavar o braço por causa de um carimbo (sinceramente não percebi bem se foi um carimbo ou um autógrafo) dos Tokyo Hotel.

Arrisco-me a dizer que a jovem da geração afecta aos Tokyo Hotel está perdida... Idolatram um vocalista que parece um Ser híbrido (até à pouco tempo não sabia que era do género masculino...) e assumem publicamente que não vão lavar o braço por causa de um carimbo. Até as crianças se escandalizam.

A criança tem os pés bem assentes no chão, apesar da tenra idade.



(O que dizem de uma banda chamada "Lisboa Pensão"?)

domingo, 11 de abril de 2010

Puré de batata.

Puré de Batata

Ingredientes:

* 1 kg de batatas;
* 75 g de manteiga;
* 1,5 dl de leite;
* sal;
* pimenta;
* noz-moscada.

Confecção:

Descasque as batatas, coloque-as num tacho e cubra-as completamente com água. Tempere com sal e leve a cozer sobre lume forte até ser possível reduzir as batatas a puré. Escorra e passe imediatamente pelo passador.
Ponha o puré num tacho e leve a secar, sobre lume muito brando, batendo energicamente com uma colher de pau.
Adicione a manteiga, bata vigorosamente e, quando a gordura estiver completamente absorvida, adicione aos poucos o leite a ferver.
Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
Sirva imediatamente.

*Para se obter um puré de batata liso e sem grumos, a batata não pode arrefecer entre as várias operações da preparação do puré.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma via rápida onde as vacas deveriam voar.

Hoje tive a confirmação do que já suspeitava há já algum tempo: as pessoas tem medo de conduzir na Via Rápida Vitorino Nemésio, que liga as cidades da Praia da Vitória e Angra do Heroísmo.

Ao inicio as pessoas tinham medo das obras, pois iam dificultar o trânsito. Passaram muitos meses (muitos mesmo) e as obras passaram a fazer parte do quotidiano... já é estranho andar pela via rápida sem ver os inúmeros camiões que por lá andavam (a deitar pó, a engarrafar o trânsito e a mandar buzinadelas aos conhecidos que passavam).

Mais tempo passou e outro medo substitui o medo das obras. As pessoas passaram a ter medo das supostas "vacas suicidas". Passo a explicar: algumas pessoas começaram a perguntar-se se as vacas não iriam saltar das pontes que servem para atravessarem de um flanco da via para o outro. De dúvida passou a certeza, as vacas iam saltar! De certeza passou a medo. Ia acontecer, era inevitável. Até hoje estou à espera que uma vaca mais maluca salte.

Nos últimos tempos o medo voltou a mudar. Já ninguém se lembra das vacas voadoras, agora há o pânico aos radares. São só dois, mas é o suficiente para que toda a gente tenha medo de lá andar.

Gostava mais do último medo, as pessoas andavam na Via Rápida Vitorino Nemésio nem que fosse com a esperança de ver uma vaca voadora, hoje já lá não vai ninguém pois todos têm medo de apanhar multas.

Tenho pena, pois o Governo Regional fica com uma grande dívida nas costas por causa de uma obra que se está a revelar relativamente inútil. Arrisco-me a dizer que é a nossa Ota, a nossa pequena obra inútil.

(Ah, e temos a única via rápida do mundo [pelo menos do mundo desenvolvido] que tem rotundas, e são logo 4... o que ajuda muito na missão de dar fluência e rapidez ao trânsito...)