sábado, 11 de dezembro de 2010

Alegria.

O sol raiava na rua. Ouviam-se os pássaros a chilrear e o riacho a correr. A brisa entrava por entre as fendas da janela. As pálpebras resistiam.

"Acorda Miriam, acorda" - gritou a irmã mais nova enquanto entrava no quarto aos saltos - "vem ver o que o pai nos trouxe". Nesse momento as pálpebras desistiram, os olhos brilharam, a cabeça levantou, o pescoço estalou, o corpo reagiu e as pernas começaram a correr desenfreadamente pelo corredor. Na cozinha ouvia-se um tagarelar sem fim, risos e gritos histéricos. Entrou, empurrou todos e vislumbrou o que mais queria vislumbrar. Os seus olhos não podiam acreditar no que viam. Por entre um soluçar alegre abraçou o pai, beijou a mãe e sorriu alegremente para a irmã.

Debaixo o sol quente daquela manhã fria, ao som dos pássaros que chilreavam e do riacho que corriam campo abaixo e ao ritmo da brisa que descia das montanhas, foi a correr por entre os prados dourados. Tinha que o experimentar. Tinha de ser agora.

Os prados esperavam pacientemente o dia da ceifa. Este ano tardava. Os homens da vila tinham estado longe, em trabalhos bem mais importantes - era essa a palavra que o vento transportava - e pareciam ter deixado o ouro dos campos ao abandono. Mas começavam a voltar. Um a um. Tal como o pai de Miriam. Voltavam felizes.

Não se sabe bem o porque de estarem felizes. Se por lá terem estado, se por voltarem.

Voltando a Miriam, corria por entre o trigo com o seu novo papagaio na mão. Não era um papagaio qualquer. Era um papagaio que o pai lhe tinha dado. Esta manhã. O pai que voltara para casa, para junto dela, da mãe e da irmã. Tal como prometera voltar. Era um papagaio com cornocópias verdes e amarelas, como mais ninguém tinha.

Correu com ele o dia todo. Até à exaustão. Até não poder mais, até não haver vento.

Chegada a noite, sorria enquanto ia adormecendo lentamente. Cansada, mas feliz.

Amanhã seria outro dia, com o sol a raiar, com os pássaros a chilrear e riacho a correr, com a brisa a passar e, agora, com o papagaio para soltar.

Papagaio, papagaio, para onde me vais levar, amanhã?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Frio.

Já era tempo de o Inverno chegar. Todos esperávamos. Alguns de nós queriam.

Então o que é o Inverno? São os casacões grandes, pesados e quentinhos, são as meias de lã, as luvas, os gorros e os cachecóis? É o gelo, o granizo e a neve? São os dias com pouco sol? São os dias em que no pouco tempo em que o sol poderia brilhar está a chover? É ter medo de sair da cama por causa do frio? Para mim é isso tudo. Isso tudo e mais algumas coisas.

Não vou dizer que tinha saudades, pois gosto do Verão, mas lá que sabe bem...

sábado, 20 de novembro de 2010

Rivalidades.



Tirei esta foto a primeira vez que fui à Guarda. É de uma gárgula que se encontra na Sé-Catedral da cidade.

O raio do bicho tem o rabo virado para Espanha. Rivalidades.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nuestros hermanos.

Ontem vi espanhóis. Antes do jogo, felizes. Depois do jogo, calados.

Ontem vi jornais espanhóis. Antes do jogo, "Vamos a ellos". Depois do jogo, notícias sobre o jogo? Nem vê-las!

Olé!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dor.

Hoje numa aula de sociologia, por entre várias frases chave por parte dos oradores, fiquei "preso" a uma questão.

Qual será a pior dor de uma pessoa deformada por operações que lhe deram mais umas semanas/meses/anos de vida? A dor física proveniente dos tratamentos, a dor mental de saber que o tempo se está a esgotar, ou a dor psicológica da perda de identidade?

Não me atrevo a responder. Ou sequer a sugerir qualquer uma delas.

Será que a dor física? Aquela que desde pequeninos temos medo. Aquela que vai desde uma picada de uma agulha até um joelho esfolado. De um osso fracturado a um membro amputado. Sabemos que dói. Não sabemos o quanto pode doer.

Será a dor de ver o tempo a estreitar? Saber que não vamos viver tempo suficiente para arranjar alguém que nos complete, para ver o casamento do filho ou mesmo para ver a neta crescer. Angustia pensar nisso.

Será que a perda de identidade é pior? Por perda de identidade entendo sofrer tantas mudanças físicas ao ponto de alguém se tornar irreconhecível. Ou mesmo só diferente. Um dedo. Uma mão. Um braço. Uma perna. O cabelo. A cara.

Não anseio por descobrir qual delas a pior.

Haja saúde.

domingo, 14 de novembro de 2010

Anarquia.

Ecoam pelas ruas os medos de toda a gente. Desta vez são os manifestantes Anarquistas que usam a técnica de manifestação "Black Bloc". Assustam. Metem medo. Metem nojo.

Essas pessoas, que não fazem nada da vida, a não ser destruir, pilhar e "ajavardar", andam aos saltinhos pelo mundo a tentar combater o poder. Destroem lojas, onde trabalham pessoas normais, incendeiam carros, que pertencem a pessoas normais, partem vidros, que podem ser de casas de pessoas normais, e espalham o terror, incomodando a vida das pessoas normais. São uns autênticos anormais.

Dizem "Não à NATO, Sim à PAZ". A paz deles é feita de cocktails molotov e com pedras de calçada e pintada a sangue.

São anarquistas com lideres. São contraditórios. São infantis. São irresponsáveis. São uma nódoa.

Temos tradicionalmente dificuldade em lidar com problemas. As fronteiras começaram a ser controladas uma semana antes da Cimeira - como se fossem esperar para os últimos dias para entrar em Portugal. Temos forças de segurança mal preparadas e mal equipadas.

Tendo em conta o MO dos ditos Anarquistas, as condições em que o país se encontra e a preparação para a Cimeira, só vejo uma solução prática: tiro e queda.

Espero que não me venham a dar razão...

sábado, 13 de novembro de 2010

O velhinho da Rua de S. Bento.

Pôs-se de pé, e seguindo pelo corredor abaixo, com a respiração ofegante, ia-se apercebendo do silêncio que se fazia ouvir por toda a casa. Assustava. Afligia. Matava.

Chegou, por entre um tombo e outro, ao fim do corredor. Abriu a porta e caiu sobre os seus joelhos. A vida não foi desenhada de maneira que os pais vejam os filhos morrer. Nem os netos. A realidade dura e crua apoderava-se do Avô. Redondos no chão, jaziam todos os que ela se lembrava amar. Pairavam as leves e breves memórias de uma vida feliz e recheada que tivera ao lado deles.

O dia do primeiro beijo da filha no, então, namorado. O casamento. O primeiro dente do primeiro neto. O primeiro jantar com todos os que, até àquele dia pelo raiar da manhã, compunham a família. Mais do que qualquer outro sentimento que lhe invadia a alma naquele momento, a solidão feria-o de morte a cada segundo que passava. Não era a dor, não era a saudade, não era a tristeza. Era a solidão.

Hoje, passado tanto tempo que nem ele consegue contar, passeia-se por entre ruas e jardins. Espera naturalmente o dia em que voltará a ver os que tanta falta lhe fazem.

É esta a sua história, Senhor?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Estados Unidos da América.

Faz pouco tempo, vi num documentário um facto que me intrigou.
Cerca de um terço, ou mesmo metade, dos americanos não acreditam na Evolução. Mantêm-se irredutíveis e acreditam que o relato do Génesis é literal. É perigoso.

Temos um país que se julga soberano do mundo, no qual metade das pessoas vivem, intelectualmente, na Idade-Média. Perigoso, pois naquele tempo queimavam-se bruxas na fogueira e atacava-se todos os que tinham ideias diferentes.

Já pensaram em conciliar religião e ciência? Aconselho vivamente, my fellow americans.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Verão.

Durante o Verão o blogue vai ser basicamente o meu diário de pesca submarina.

A ver vamos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago.

Fui apresentado à escrita de Saramago por uma das minhas muitas professoras de Língua Portuguesa num dos meus anos de Secundário. Viríamos a ler a obra "Memorial do Convento".

Não fui grande entusiasta da sua forma confusa de escrever, mas a riqueza dos seus enredos e a complexidade das estórias eram gigantes, enormes e incontestáveis. O seu legado fala por si: os prémios, os reconhecimentos e os louvores.

Desapareceu uma voz do contra, um indivíduo no meio das massas.

Gente como ele, já não existe.

domingo, 30 de maio de 2010

Barragem.

Ontem, no comboio ouvi uma criança a chamar o Aqueduto das Águas Livres ponte.

Ao que o adulto que a acompanhava respondeu.

"Não é uma ponte, é uma barragem..."

sábado, 15 de maio de 2010

Overdose de Viagra.

Tom Kaulitz, guitarrista dos Tokio Hotel, sofreu uma «overdose de Viagra». O músico tinha tomado os comprimidos para estar pronto para uma festa privada com várias fãs.

Coitado, com 20 anos e já sem pedalada...



Piada fácil: "o Tom nunca mais vai tomar viagra!", ao que as fãs respondem "nunca mais?"

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desleixo.

Já faz tempo que não venho aqui ao meu cantinho deixar piropos à vida.

Nos últimos tempos passaram-se tantas coisas, mas é somente sobre 3 que quero falar.

Primeira: a faixa que dizia "RESERVADO" que os adeptos do SLBenfica puseram na rotunda do Marquês. Os adeptos do FCPorto não resmungaram (e estavam apenas a 11 pontos) mas os adeptos do SportingCP (que estavam apenas a 28 pontinhos de distância) tiveram que piar. Queriam a zona desinfectada depois dos festejos (sim, até eles já tinham a certeza que íamos festejar), mas não sei bem para quê... é que quando vierem a usar (se alguma vez acontecer) o efeito da desinfecção já passou há muito.

Segunda: o SLBenfica campeão. Jogou melhor, marcou mais golos, sofreu menos golos, ganhou mais jogos, fez mais pontos. Festejos loucos e merecidos.

Terceira: gastou-se 80mil Euros para isolar um EH-101 (helicóptero) de modo a que o Papa não ouvisse os motores no interior. Uns tampões para os ouvidos custariam menos 79.999 Euros e também fariam com que o Santo Padre não ficasse incomodado com o barulho. A nossa sorte é que somos um país rico (até à hora de fecho deste artigo éramos o país da Europa em que a economia tinha crescido mais este ano).

Desleixei-me, mas não deixei de estar atento ao mundo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Véu.

Numa questão de dias apareceram uma mão cheia de noticias relacionadas com problemas que o uso de véu por jovens islâmicas em vários países europeus. Não percebo o porquê de tanta polémica. Corro o risco de ser chamado de intolerante ou mesmo de xenófobo, mas vou tentar deixar bem explícito o meu ponto de vista. Vou trazer a realidade dessa polémica para o quotidiano português.

Estamos num país onde se privilegiam os que não querem trabalhar, os que não querem nada da vida, os que não trazem beneficio nenhum à sociedade. Que estímulo tem um português para pagar impostos que servem para financiar um sistema de saúde muito deficiente, para fazer bairros para estrangeiros e ciganos que nunca pagaram impostos na vida e que devido à sua "inadaptabilidade social" são desestabilizadores da sociedade (matando, roubando, destruindo...), para pagar subsídios de desemprego a pessoas que alegremente nos dizem "vai trabalhar para poderes descontar para o governo me pagar para ir jogar às cartas no café", para subsidiar uma força policial que não está autorizada a usar a força nem a disparar sobre criminosos. Pagar impostos para isto? É esta a realidade de Portugal. Sim, o mesmo Portugal que outrora dividiu o mundo com Espanha.

Não me espanta que mais cedo ou mais tarde chegue essa polémica a Portugal. Concordo que o véu seja banido dos locais públicos. As cruzes foram. São símbolos, diferentes, mas símbolos religiosos. Teríamos o mesmo governo "corajoso" que permitiu o casamento gay (provavelmente revogado pelo Presidente da República após a visita papal, haja decência e bom senso...) a proibir o uso do véu? Ou seremos uns mais iguais que outros? Será o símbolo cristão, que representa uns bons 80% da população, mais ofensivo para os restantes portugueses do que o véu poderá eventualmente ser para esses 80%? O papel do governo não será tentar salvaguardar os interesses da maioria dos portugueses (algo que não acontece há cerca de 36 anos...)?

O tema do véu seria apenas a ponta do icebergue... estamos com o país cheio de minorias que são levadas ao colo em detrimento do resto dos portugueses. Temos os ciganos que caíram no país de para-quedas e a quem são dados bairros inteiros enquanto famílias portuguesas que habitam o nosso país desde sempre lutam para ter um tecto, acabando esses mesmo ciganos por transformar bairros onde foram investidos milhões em verdadeiras bocas do inferno onde nem a policia consegue entrar. Como estes bairros existem muitos outros de brasileiros, africanos e imigrantes de leste. São eles que nos fazem olhar pelo ombro quando andamos na rua.

As minorias são protegidas pelo governo e pelos meios de comunicação (que arranjam sempre excelentes histórias nestes casos...) enquanto o resto dos portugueses pagam por isso.

Vamos a levantar o véu que está por cima destes problemas. Já cá andávamos. Não vamos fazer leis para nos adaptarmos a quem chega, vamos fazê-los adaptar às que já temos. Na nossa casa devíamos mandar nós...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sapiência.

Uma professora universitária acabava de dar as últimas orientações aos alunos acerca do exame que ocorreria no dia seguinte. Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com excepção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.

Um engraçadinho que estava sentado no fundo da sala, perguntou com aquele velho ar de cinismo:
-De entre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por actividade sexual?

A classe explodiu em gargalhadas, com a professora a aguardar pacientemente que o silêncio fosse estabelecido. Assim que isso aconteceu, ela olhou para o palhaço e respondeu:
-Isso não é um motivo justificado - e continuou serenamente - Como o exame será de escolha múltipla, você pode vir para a sala e escrever com a outra mão... Ou se não se puder sentar, pode responder de pé.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

deus.

O título está com letra minúsculas propositadamente.

Estamos à beira do Estoril Open e fala-se dos "Deuses do ténis". "Deuses" ou "deuses"? Poderemos retirar a divindade que os fãs atribuem a jogadores como Federer? Podemos dizer que só o nosso Deus é divino? Podemos ou devemos fazê-lo?

Acredito piamente que as pessoas que chamam aos ditos jogadores "deus" nutrem maior respeito e amor que a maior parte dos ditos crentes das grandes religiões do mundo. Temos os fãs do ténis a pagar cerca de 250 euros para assistir a um torneio que dura 9 dias, enquanto a maior parte dos cristãos nem gasta metade disso numa vida para ajudar a igreja ou o próximo. Digo cristãos da mesma forma que diria muçulmanos, judeus ou budistas.

Não gastamos tempo nem dinheiro com o nosso Deus e eles gastam centenas de euros e muitos dias com os seus deuses.

Apesar de serem realidades e dimensões diferentes quem dá uma lição a quem? Quem dá tudo pelo seu Deus? Ou deus? Quem tem um Deus e quem tem um deus?

domingo, 18 de abril de 2010

Benfica.

Hoje joga o Benfica. Uma vez mais o país vai parar para ver. São os benfiquistas pela vontade de serem campeões, são os bracarenses com a expectativa de que o Benfica perca pontos, são os portistas nervosos porque não ganharam nada este ano e por isso não querem que o Benfica ganhe nada também, são os sportinguistas porque não querem ver Lisboa pintada de vermelho, e são todas as outras pessoas que gostam simplesmente de um bom jogo de bola.

Deixem a bola rolar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gaia.

A Terra está contra nós. Após um inicio de ano mexido (foram tantos os sismos...) chegou a hora da mudança de arma. Gaia (entidade mitológica que controlava a natureza) mudou dos sismos para os vulcões. A nuvem expelida por um vulcão de não muito grandes dimensões na Islândia parou os vôos em meia Europa.

Esperamos pelo próximo episódio desta luta desigual...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A mania da perseguição.

Os meninos do Sporting que deram conferência de imprensa após o jogo tem sérios problemas discernitivos. Querem igualdade de critérios. Acham que o Luisão deveria ter sido expulso, mas quanto às duas entradas bárbaras do Miguel Veloso (sobre o Ramires junto à bandeirola de canto e sobre o Kardec no meio campo do Sporting) não se ouviu uma palavra. Não deveria ter sido expulso também, portanto.

Falaram também de uma suposta inclinação do campo. A única explicação que encontro para essa inclinação tem um nome: Aimar. Não sei se o campo ficou inclinado devido ao peso do jogador argentino ou por causa das vezes que trocou os olhos aos leões. Pensem o que quiserem, mas foi ele que inclinou o campo.

Para quem não viu isto tenho uuma palavra de força e incentivo. Para a próxima vêem melhor.

Façam favor.

Apesar de ter uma vontade imensa de disparar palavras para o blog não sei o que escrever. Há tantos temas na ribalta, mas nenhum me inspira como já outros inspiraram.

Propostas variadas aceitam-se.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pés bem assentes no chão.

Agora está na moda o vídeo de uma menina que é surpreendida por uma jovem que diz que nunca mais vai lavar o braço por causa de um carimbo (sinceramente não percebi bem se foi um carimbo ou um autógrafo) dos Tokyo Hotel.

Arrisco-me a dizer que a jovem da geração afecta aos Tokyo Hotel está perdida... Idolatram um vocalista que parece um Ser híbrido (até à pouco tempo não sabia que era do género masculino...) e assumem publicamente que não vão lavar o braço por causa de um carimbo. Até as crianças se escandalizam.

A criança tem os pés bem assentes no chão, apesar da tenra idade.



(O que dizem de uma banda chamada "Lisboa Pensão"?)

domingo, 11 de abril de 2010

Puré de batata.

Puré de Batata

Ingredientes:

* 1 kg de batatas;
* 75 g de manteiga;
* 1,5 dl de leite;
* sal;
* pimenta;
* noz-moscada.

Confecção:

Descasque as batatas, coloque-as num tacho e cubra-as completamente com água. Tempere com sal e leve a cozer sobre lume forte até ser possível reduzir as batatas a puré. Escorra e passe imediatamente pelo passador.
Ponha o puré num tacho e leve a secar, sobre lume muito brando, batendo energicamente com uma colher de pau.
Adicione a manteiga, bata vigorosamente e, quando a gordura estiver completamente absorvida, adicione aos poucos o leite a ferver.
Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
Sirva imediatamente.

*Para se obter um puré de batata liso e sem grumos, a batata não pode arrefecer entre as várias operações da preparação do puré.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma via rápida onde as vacas deveriam voar.

Hoje tive a confirmação do que já suspeitava há já algum tempo: as pessoas tem medo de conduzir na Via Rápida Vitorino Nemésio, que liga as cidades da Praia da Vitória e Angra do Heroísmo.

Ao inicio as pessoas tinham medo das obras, pois iam dificultar o trânsito. Passaram muitos meses (muitos mesmo) e as obras passaram a fazer parte do quotidiano... já é estranho andar pela via rápida sem ver os inúmeros camiões que por lá andavam (a deitar pó, a engarrafar o trânsito e a mandar buzinadelas aos conhecidos que passavam).

Mais tempo passou e outro medo substitui o medo das obras. As pessoas passaram a ter medo das supostas "vacas suicidas". Passo a explicar: algumas pessoas começaram a perguntar-se se as vacas não iriam saltar das pontes que servem para atravessarem de um flanco da via para o outro. De dúvida passou a certeza, as vacas iam saltar! De certeza passou a medo. Ia acontecer, era inevitável. Até hoje estou à espera que uma vaca mais maluca salte.

Nos últimos tempos o medo voltou a mudar. Já ninguém se lembra das vacas voadoras, agora há o pânico aos radares. São só dois, mas é o suficiente para que toda a gente tenha medo de lá andar.

Gostava mais do último medo, as pessoas andavam na Via Rápida Vitorino Nemésio nem que fosse com a esperança de ver uma vaca voadora, hoje já lá não vai ninguém pois todos têm medo de apanhar multas.

Tenho pena, pois o Governo Regional fica com uma grande dívida nas costas por causa de uma obra que se está a revelar relativamente inútil. Arrisco-me a dizer que é a nossa Ota, a nossa pequena obra inútil.

(Ah, e temos a única via rápida do mundo [pelo menos do mundo desenvolvido] que tem rotundas, e são logo 4... o que ajuda muito na missão de dar fluência e rapidez ao trânsito...)

domingo, 28 de março de 2010

Primavera, Verão, Outono, Inverno.

Cheguei hoje à minha terrinha. Para variar está a chover. E a fazer sol. Tudo ao mesmo tempo, como em mais sitio nenhum. Tinha saudades disto.

Já diziam os antigos que as 4 estações apareciam num só dia por cá. Não duvido. Tenho a certeza, aliás.

Que venham elas.

sábado, 27 de março de 2010

Em 2005.

Foi em 2005 que o Luisão também marcou e ofereceu o título ao Benfica. Déjà vu?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sporting.

E os pupilos do Carvalhal lá aprenderam a dançar o bailinho da Madeira.

domingo, 21 de março de 2010

Taça da Liga.

Hoje o Benfica vai tentar ganhar o primeiro troféu da época...

Vamos a ver se este ano não temos contestações.

12 dias depois, voltei a escrever.

terça-feira, 9 de março de 2010

Arsenal vs. Porto.

Sabem porque é que o Porto perdeu por chapa 5?

Porque o Arsenal Eboué bom!

sábado, 6 de março de 2010

Classificados.

48 procura 42 para troca de calças.

XL procura L para troca de t-shirts.

Perder peso tem os seus pontos negativos!

HAHAHAHA

quarta-feira, 3 de março de 2010

Queiróz.

Este senhor tem feito umas escolhas estranhas... Porquê deixar o melhor guarda-redes nacional fora da convocatória?

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um dia triste.

Outro dia negro para a caça-submarina nos Açores. Os acidentes na prática de caça-submarina são mais comuns do que gostaríamos, e o André Figueira foi mais uma das vítimas desses acidentes. Eu, como praticante desse desporto, sei que muitas vezes testamos os nossos limites, e que na maior parte das vezes ultrapassamo-los escapando ilesos. O que aconteceu lembra-nos que devemos respeitar esses limites.

Os meus pêsames para a esposa, familia e amigos.

Até sempre.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Carnaval.

Pode ser fora de tempo. Quando um Homem (ou mulher) quiser, como no Natal.

Hoje é o meu...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bob Marley disse.

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais."

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Portugal.

Tenho pena que em Portugal as coisas sejam sempre iguais.

Temos tragédias atrás de tragédias e não se aposta na prevenção. O radar meteorológico que custava 1 milhão de Euros poderia ter evitado 40 mortos (até ao momento) e outros vários milhões em bens materiais que seriam devidamente protegidos caso a população fosse avisada da enxurrada.

Acho triste que o governo não tenha capacidade económica para comprar um radar meteorológico que custa cerca de 1200 vezes menos que o novo aeroporto (que poderá ficar submerso caso o rio Tejo transborde, coisa que não deverá acontecer... como qualquer uma das tragédias do ultimo ano não iriam acontecer).

É o país onde vivemos...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Salazar.

O post de ontem à noite relembrou-me de um tema sobre o qual queria escrever já faz tempo.

Gostava que surgisse um governante que não roubasse o país, que tivesse pulso firme e cujas ideias não mudassem de acordo com o vento.
Salazar era assim. Só a cadeira o tirou do poder. Não concordo com o uso das técnicas da PIDE nem com algumas das tácticas de guerra ultramarinas, mas continuo a achar que ele fez o que 30 anos de políticos eleitos não fizeram. Vejamos.

Portugal tinha uma reserva de ouro bastante grande que desapareceu, tinha colónias riquíssimas (que após o 25 de Abril queriam manter-se anexas a Portugal como Regiões Autónomas) que foram despachadas, fazia obras públicas com verdadeira utilidade (não como a 3ª via Lisboa-Porto que vai servir para tirar transito a uma auto-estrada onde passam cerca de 600(!) carros por hora, e isto para não falar que mal a ponte 25 de Abril ficou paga o Regime acabou com as portagens...), Portugal tinha uma sociedade com valores morais definidos, e tínhamos um panorama politico (que apesar de muito rígido) sério (Salazar pagava as contas de casa do seu próprio bolso).

Estaríamos pior do que agora?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Poderosos?

O faraó Tutankhamon morreu de malária. O homem mais poderoso do seu tempo caiu com a doença mais comum que existia.

Faz-me lembrar de Salazar. Também caiu da maneira mais inesperada. Uma cadeira fez o que muita gente não conseguiu...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma questão de cor?

Tudo o que vou escrever é inocente e sem qualquer maldade.

Cada vez que tenho alguém negro perto (quer no mesmo grupo que eu ou não) tento sempre evitar dizer a palavra "preto". Por exemplo: caso estivéssemos a falar de carros eu diria "prefiro o modelo escuro" e não "prefiro o modelo preto".

Não sei bem de onde é que esse medo surgiu, mas o facto é que automaticamente, sem que eu tenha sequer que pensar em como construir a frase, mudo as palavras e às vezes o sentido da frase para não ferir susceptibilidades.

Às vezes penso se tenho mesmo medo de ferir os outros (emocionalmente) ou de me ferir a mim (fisicamente).

Não tenho nada contra negros em geral. Tenho só contra alguns, da mesma forma que tenho contra alguns brancos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Serra.

Estou na serra a fazer uma pausa. O ritmo calmo que aqui se vive faz com que qualquer pessoa retome o fôlego que perdeu.

Nada como alguma paz.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ups.

Uma história de alegria para uns, uma história de tristeza para outros.



















Parece uma novela mexicana, não?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Rock in Rio.

As expectativas começaram muito altas... a primeira banda a ser anunciada foram os Muse! Depois desceu para Shakira. Voltou a dar um saltinho com o John Mayer. Voltou a descer (e muito) com a Miley Cyrus...

Queremos Rock, "sachavor"...

domingo, 31 de janeiro de 2010

BCM (Biologia Celular Molecular).

CAMs (Cell Adesion Molecules) – glicoproteinas integrais transmembrana responsáveis pela aderência entre as células; receptores da superfície especializados em reconhecer outras células e a elas aderir, para construir os tecidos e órgãos. Ex: caderina (interacções homofilicas), integrinas (interacções heterofilicas).



Vou precisar de me lembrar desta e de mais umas trezentas definições e/ou descrições na próxima quinta-feira.

God help me!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gestão de tempo.

Nunca fui muito bom com isto. Tinha sempre problemas em gerir o tempo que tinha. Principalmente o tempo livre.

Entretanto cresci e comecei a ter mais e novas responsabilidades. Houve uma necessidade de aprender a gerir o tempo. De saber o que fazer em cada momento ou mesmo de quando fazer.

As coisas mudaram ainda mais quando vim para a faculdade. O dia tinha que ser pensado ao minuto: acordar, tomar banho, tomar o pequeno-almoço, apanhar o metro e começar as aulas. Vir para casa, preparar o jantar, cuidar das minhas coisas, estudar e dormir. tinha tudo que caber em 24h. Ao longo do tempo coisas novas entraram na equação e algumas saíram. Foram bem mais as que entraram. Porém, as 24h tem que chegar. Aprendi a roubar um bocadinho de tempo em cada uma das coisas menos importantes para o poder despender com o que realmente importa.

É um processo de aprendizagem, e que fará muita falta no futuro.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Infelizmente.

Vou fazer uma pausa no blog. Não deve ser mais de uma semana.

Não tenho espírito para continuar. Sinceramente também não tenho paciência. Ideias não faltam, não sei é como as transpor da mente para o aqui.

Não demoro.

Volto já.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

www.coisasimprevisiveis.blogspot.com

Abri o blog faz tempo. Sentia necessidade de mostrar o que pensava, o que sentia, o que queria mostrar. Era uma necessidade minha, preciso do blog para mim, não para agradar ninguém.

Com o tempo fui ganhando leitores que começaram a seguir o meu trabalho. Uns concordavam com o que escrevia e outros nem por isso, geraram-se discussões saudáveis onde mostrávamos diferentes pontos de vista. O feedback, as discussões e os elogios fizeram valer a pena o tempo despendido em frente ao ecrã.

Nunca escrevi para agradar ninguém e sempre fiz as coisas à minha maneira (salve quando me mostravam que não era a melhor). Sinto-me feliz pelo que consegui: cativei pessoas só por me mostrar como realmente sou.

Não vou deixar de escrever uma coisa que quero porque tenho medo que não gostem. O nome do blog não diz tudo, mas diz muito.

A todos os que lêem pensam e voltam o meu obrigado.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mosquitos.

Quando entram cá em casa quase comem vivos os meus colegas. Em mim nem tocam!

Será do tipo de sangue?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Exame.

Amanhã tenho exame com o professor de quem mais gosto. Tenho a certeza que sou o seu aluno favorito. NOT.

Vamos a ver no que dá!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Travian.

Perfil


Capital


Foi um ano de jogo. Aprendi muito, conheci pessoas espectaculares, fiz grandes amigos. Perdemos. Mas ganhamos muito mais.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Quero.

Quero fazer-te feliz.

Quero ser feliz.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Exemplo.

Todos temos os nossos heróis. Não aqueles de infâncias, mas aqueles para quem olhamos e pensamos "gostaria de ser como ele". Todos temos.

Existem aquelas pessoas que nos fazem trabalhar mais para os alcançarmos, aquelas pessoas que fizeram alguma coisa que gostaríamos de fazer, aquelas pessoas que tiveram a coragem que nos faltou para fazer alguma coisa. Os heróis. Pode ser aquele bombeiro que salvou duas crianças de um incêndio e que nos faz querer salvar o mundo ou pode ser aquele empresário que partiu do nada e agora manda em metade do país e que nos faz acreditar nos nossos sonhos. Os heróis existem e são precisos. Os exemplos fazem falta.

Vejamos, alguém que não tem um exemplo, uma pessoa que cujos objectivos alcançados, a força ou qualquer outra capacidade seja a nossa meta não tem como saber se o que fez é pouco, se é suficiente ou se se tornou num herói.

Tenho os meus heróis, desde pessoas que já salvaram outras a pessoas que já alcançaram objectivos aos quais me proponho. São os seus exemplos que me fazem mexer o rabo e fazer-me à vida. Foram essas pessoas que me mostraram que é possível.

Vejo muita gente com falta de heróis, quer pela cada vez maior descrença nas pessoas, quer pela falta de exemplos que se vai começando a notar. Isso entristece-me.

Por favor, ganhem coragem, cheguem-se à frente, sejam heróis. Não queremos uma geração que não tem objectivos, que não tem em que acreditar.

Heróis precisam-se. Exemplos precisam-se.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti.

É o país do voodoo, é um país das caraíbas, é um país pobre, é um país sem meios. Pouco mais sabia sobre o Haiti.

As noticias sobre o terramoto começaram a inundar os noticiários e a internet. É preocupante. A previsão mais optimista aponta "apenas" para uns módicos 100 mil mortos, enquanto que as mais pessimistas (e quem sabe realistas) apontam para 500 mil. Qualquer um dos números é simplesmente aterrador. São centenas de milhares de vidas ceifadas numa questão de segundos e 8 milhões de vidas profundamente afectadas. Acredito que não haja uma única família sem alguém morto ou desaparecido. Não sei qual a pior das dores, se a da morte de um ente querido se a da incerteza do paradeiro e/ou da condição de alguém. É a dor que se junta ao caos.

Não há muito que se possa fazer (falo de nós, os cidadãos comuns). Apenas rezar (aqueles que acreditam nalguma entidade superior) e tentar transmitir algum tipo de esperança.

Espero que os que podem (por exemplo o super-poderoso vizinho EUA) mandem ajuda, de modo a tentar que a tragédia não tome ainda maiores dimensões com a falta de comida, com a falta de água potável, com a falta de cuidados médicos, com a falta de todos e quaisquer meios, mesmo com a falta de esperança.

Que tudo corra bem, e que hajam boas noticias pelo meio de toda esta tragédia.

Rui Unas.



Como o compreendo senhor Unas, como o compreendo.
Obrigado pelo print screen Rita.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Noite.

Existem coisas que nos tiram o sono.

Dou voltas na cama vai para 3 horas e não consigo adormecer. Não tomei nada que pudesse hipoteticamente tirar-me o sono.

Andam coisas a vaguear na minha cabeça que não me deixam dormir. Por muito que queira e tente não saem. Nem vão sair. Melhores noites de sono virão, até porque esta já está perdida. Vou ficar por aqui a vaguear até o sono aparecer.

É chato querer dormir e passar a noite em branco...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Jumper.

Pedro acabara de finalizar o trabalho que lhe tinha sido proposto. Arrumava a mala e preparava-se para partir quando se ouviu um estrondo. Tinham descoberto onde se escondia. Era tempo de dar corda aos sapatos. Corria e saltava como nunca. Estava à beira do precipício. Via a vida a fugir-lhe por entre os dedos como nunca acontecera.

Há mais de quinze anos que andava no ramo, mas nunca as coisas lhe pareceram tão feias. Como o tinham descoberto? Que erro tinha cometido? O que teria corrido mal agora? Será que com os anos se tinha começado a desleixar? Os erros mais estúpidos tinham acabado com os melhores do ramo.

Chegou a um beco sem saída. Já lhe estavam à perna, não havia nada a fazer. Conformou-se, os seus tempos de caloteiro tinham acabado.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Pescador.



Tirei esta foto num dos últimos dias das férias de Natal. Um dos poucos momentos em que não chovia e em que o vento deixava este senhor pescar em cima de uma rocha com uns bons 25 metros.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O raio do tempo...

As noticias de abertura dos noticiários tornaram-se rotineiras. São as tragédias do costume (os senhores que rebentam coisas e os senhores que matam gente) e são os estragos do mau tempo. Tudo perfeitamente evitável. Explico melhor: tudo causado por nós (nós, humanos), logo evitável.

Tornou-se rotina ver noticias de ataques suicidas num país qualquer que só tem areia e petróleo. É o dia-a-dia de quem lá vive. Já quase nem se dá importância. Afinal que importância tem um atentado que matou 70 civis quando caiu uma bancada do Circo Chen. A triste rotina. Os "acidentes" provocados pela nossa natureza humana.

Meia Europa está parada. São aeroportos fechados, tráfego marítimo congestionado, cidades costeiras evacuadas. Porquê aceitar o Tratado de Copenhaga? Afinal as coisas andam bem, nem têm acontecido nada fora do normal. Do normal dos últimos anos: continua tudo a mudar bruscamente.

O raio do tempo...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Facebookódependência.

Assistimos à imersão de um fenómeno chamado Facebook. Já existe faz tempo, mas no último ano assistimos a um aumento exponencial no número de registos e na quantidade de horas passadas nesta rede social pelos seus utilizadores.

Porquê?

Penso que a rápida explosão deveu-se ao facto da comunicação e interacção entre as pessoas ser mais facilitada e mais diversa do que nas outras redes. Desde o chat aos jogos onde somos levados ao vicio por uma rápida evolução inicial. Uma mistura de entretenimento com socialização. Uma falsa socialização, no que à minha opinião diz respeito.

Entristece-me ver que muita gente troca a interacção humana (nalguns casos já quase inexistente) por trocas de comentários. São amigos, é certo, mas falta a, quanto a mim, essencial troca de experiências humanas: os olhares, os toques e os sentimentos.

Um vício?

Vou ao Facebook quase todos os dias. Passo cerca de 15 minutos. Passava mais, é certo, mas decidi impedir que se tornasse um problema. Vejo as actualizações, os comentários, os pedidos de amizade e falo ocasionalmente com alguém. Sinto que é importante manter-me em contacto com os meus amigos das redes sociais, mas de uma maneira saudável. Passaria facilmente uma semana ou um mês sem fazer login.
Muita gente passa a barreira do saudável. Passar metade do dia ou, nalguns casos, o dia todo em frente ao ecrã enfiado numa rede social não pode ser benéfico. É um vicio, e os vícios não são saudáveis. As pessoas deixam de se relacionar (nos Estados Unidos um estudo provou que cerca de 20% dos divórcios nas terras do Tio Sam são causados pelo Facebook! Imagino o desespero de uma esposa, de um marido, de uma namorada ou de um namorado enquanto espera pela outra pessoa enquanto esta a pretere para uma rede social), as pessoas deixam de trabalhar, as pessoas deixam de estudar.

Não tenho nada contra este fenómeno, antes pelo contrário. Devem-se criar amizades que podem ser desenvolvidas no mundo real, não apenas no mundo virtual.

"Seja responsável, beba com moderação", "o tabaco mata", e, porque não, alguma frase em relação a (mais) este vício?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

"Bonito ou feio?"

É o titulo de um artigo que li num jornal hoje de manhã.

Acho que as definições de bonito e feio são muito relativas. O que é belo hoje não é o que era belo no inicio do século passado. Os ideais mudaram. A imagem mudou. A sociedade evoluiu (ou regrediu, dependendo da opinião de cada um).

Achariam as mulheres de hoje em dia bonito um senhor de peito cheio de cabelo bonito? Tendo em conta as tendências, acho que não. As senhoras do pós-guerra na década de 40 teriam opinião diferente. Deixou de ser belo? o que mudou?

O homem é o mesmo, parece o mesmo que sempre pareceu. Mudaram as definições, as modas e as tendências. Não é bonito ter pêlos a cobrir todo o peito, diz a sociedade. Contudo, as senhoras que viveram nos tempos em que era bonito dirão não a essa tendência, dirão que ainda é bonito. Mas não são elas que impõem as tendências.

Expus este caso, o dos pêlos no peito, mas poderia ser qualquer outro caso: o ser gordo ou não, o ter pêlos nas pernas ou não, o ter o nariz comprido ou não, muitos - foram tendências que mudaram, não coisas que deixaram ou passaram a ser bonitas.

Acho bonitas coisas que outras pessoas podem não achar.

Acho que o bonito é o que é agradável aos olhos de quem vê, é o que nos faz reagir de determinada forma, é algo que nos causa alguma sensação em concreto.

"A beleza está nos olhos de quem a vê."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Casamento homossexual.

O tema está na moda. Corre tinta por todos os lados. Toda a gente opina. Nem todos dão a cara pela sua opinião.

Vivemos num país livre, tal como devo aceitar o facto de alguém gostar de uma pessoa do mesmo sexo a minha opinião deve ser aceite. Não quero que a minha opinião transmita uma imagem de uma pessoa homofóbica, pois tenho amigos que fizeram a escolha de gostar de pessoas do mesmo sexo e não fiquei mais ou menos amigo por isso.

O assunto domina a actualidade. Deverão os homossexuais casar?

No que entendo por casamento: não. Para mim o casamento é o que para a maior parte das pessoas deixou de ser: uma união entre marido e mulher, um compromisso para toda a vida, a base de uma família. A sociedade de hoje fez o favor de destruir os valores do casamento, o que ajuda a confundir as coisas. Uma imagem fraca do casamento ajudou a fazer com que o patamar do casamento parecesse atingível.

Não tenho qualquer tipo de oposição a que os casais homossexuais tenham uma união legal mas, por favor, não a chamem de casamento.

O casamento foi banalizado. Casa-se e "descasa-se" com uma facilidade e frequência assombrosa. Parece um jogo. Quebram-se promessas que seriam para a vida. Espezinha-se. Não há o sentido de compromisso, não há o sentido de união, não há o sentido de família, não há amor. Banalizado.

A palavra casamento quase perdeu o sentido. Não tirem o que ainda resta...

Juntem-se, arranjem uma casa, assentem e vivam felizes.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Orgulho.

Senti-me orgulhoso quando em plena passagem de ano, com a música a "bombar" e com muita gente a andar de um lado para o outro alguem se lembrou de me vir dizer que lia o meu blog e gostava do que aqui lia.

Fiquei orgulhoso de mim e o meu ego quase rebentou. Fez bem, pois afinal a noite não estava a ser tão boa para mim como gostaria.

Obrigado.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010.

Que seja um óptimo ano.