sábado, 16 de maio de 2009

Cordeiros.

A tarde ia longa. Todos estavam impacientes e, ao que parecia, o céu também.

Uma matilha de lobos negros juntava-se á sua volta. Iam sofrer, e, quais cordeiros corajosos, tentavam escapar ao inevitável, fazer frente á pequena mas feroz matilha.

O terror começava a espelhar-se nas faces dos que nunca tinham passado por um momento daqueles, enquanto que nas faces dos outros se espelhava uma certa galvanização. Os lobos começavam a atacar.

O vermelho escorria no chão, e as primeiras vitimas faziam-se notar. Os cordeiros andavam a volta, corriam desenfriadamente uns contra os outros e outros tentavam mesmo passar despercebidos.

Os sorrisos de satisfação desses lobos apenas davam mais força aos cordeiros para resistirem. O sofrimento aumentava!

Chegado o momento em que se juntavam mais cordeiros ao já mutilado grupo. Chegara a hora deles os obrigarem a fazer a marcha da morte. Chegaram a um lago.

Alinharam-nos. Iam ser afogados.

Chegado o momento as coisas pareciam ser diferentes, não iam morrer. Aos poucos começavam a transformar-se. Estavam a ficar iguais aos que mais temiam.

A transformação continua.

DURA PRAXIS SED PRAXIS

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