quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A lua, lá no alto.

No terraço o tempo estava calmo. O vento não mexia, a brisa não arrefecia e o sol não cegava. Subiram todos até lá, um a um. Perfeita, a tarde.
Os amigos juntaram-se à volta da mesa, sentados nos bancos, nas cadeiras e nos colos. Cabiam todos, e mais houvessem. Entre amigos há sempre espaço. Chegou o anfitrião, quer dizer, não havia anfitrião, estivessem em casa de quem estivessem estavam sempre na sua casa. Amigos são família.
O dia foi-se apagando e a noite foi-se deitando sobre os telhados, como que observando todo o bairro por meio do seu olho amarelo brilhante lá no alto.
Falaram, contaram, conversaram, riram. O Verão aproximava-se a passos largos da despedida. Iria deixar saudades. Ele e as tardes de Verão. Irrepetiveis.

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