terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem título.

A coberto da escuridão da noite subiram a rua. Correndo por entre carros e motas ali deixados à pressa, apressavam-se. Não havia viv'alma por perto.
O clamor tinha passado e, agora, escutava-se silêncio.
O cimo da rua parecia mais perto, e mais perto, e mais perto. Chegaram. Como em todo o sítio, nada. A praça encontrava-se despida de alegria ou de tristeza, de amor ou de ódio, de qualquer alma. Olhavam, ali, os três para o vazio que preenchia a rua. O vazio que os começava a encher.
Sentiam-se agora ainda mais perdidos, sós e desesperados. Rezavam para si mesmos, faziam juras ao Criador. Pediam como nunca pediram.
Ao longe acendeu-se uma luz. Uma réstia de esperança e um placebo de coragem. De mochila às costas seguiram, em direcção à luz.
Por entre tudo o que fora deixado para trás, fintavam. Os objectos e a sorte.
Já de ninguém dependia nada. Seria o que tivesse que ser.

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